Obras da natureza> Autor: Damião Metamorfose.

O pássaro não ara a terra,

Mas está sempre a espreita.

Por isso é sempre o primeiro,

Que degusta da colheita.

As obras da natureza,

Além de ter a leveza,

É muito mais que perfeita.

Com água a terra se enfeita,

De tons multi coloridos.

A vida se manifesta,

Os campos ficam floridos.

Aparecem os pirilampos,

E os aromas dos campos,

Aguçam os nossos sentidos.

Os animais desnutridos,

Vestem suas roupas novas.

Peixes enfrentam torrentes,

Pra fazerem suas desovas.

Camponeses penitentes,

Sepultam suas sementes,

Nos seios úmidos das covas.

Anfíbio Poe suas ovas,

No limite da represa.

Os répteis deixam as tocas,

Em busca de alguma presa.

E eu de perto aprecio,

A violência do rio,

Lambendo a margem indefesa.

É tão impar essa beleza,

Que cura qualquer estresse.

A água evapora e sobe,

Depois vira chuva e desce.

Pra mim é um ápice total,

Mas o cego irracional,

Ver tudo e não reconhece.

Às vezes nem agradece,

Paga com ingratidão.

Ateia fogo na mata,

Causando a devastação.

Matando o que for vivo,

Eu não entendo o motivo,

Pra tanta destruição.

Com essa desolação,

Deixa o planeta doente.

O inverno fica intenso

Com tromba dagua e enchente.

E o verão uma tormenta,

Calor de trinta a quarenta,

Causando câncer na gente.

Só o pai onipotente,

Salva o planeta terra.

O homem já teve a chance,

Trocou a paz pela guerra.

Mesmo assim achando pouco,

Vive agindo como um louco,

Tenta acertar, mas só erra.

Damião Metamorfose
Enviado por Damião Metamorfose em 28/08/2009
Reeditado em 28/08/2009
Código do texto: T1778952
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