AS RECALCADAS
AS RECALCADAS
Jorge Linhaça
No alto da chaminé
C'os corvos às gargalhadas
elam pegam no teu pé
são pior do que chulé:
As eternas recalcadas
Vejam só como é que é
da vida não fazer nada
se entupirem de café
por falta de um cafuné
pra aquecer as madrugadas
Falam pelos cotovelos
tecem teias de mentira
fingindo extremo zelo
mordem o teu tornozelo
e a "culpa é da indira"
Viúvas de quem nunca as viu
Vivem de ranger os dentes
cães raivosos no canil
de mente tão infantil
dão até pena na gente
Are baba, baguanquelê
Sua vida é uma novela
Quem não entende o que lê
só sabe é aborrecer
os outros com chorumelas
Fazem campanhas como o quê
penduradas nas janelas
achando que teem o poder
de a outros convencer
de serem iguais a elas.
O clube das recalcadas
adora mesmo é calão
Sua vida entediada
só ganha vida, coitadas
fazendo perseguição.
Ou passam despercebidas
por nada terem a dizer
almas pobres e perdidas
manipuladas, vendidas,
a quem mais oferecer.
Cinco minutos de fama
e ver subir o ibope
O macaco quer bananas!
passam dias e semanas
preparando o seu bote
E quem delas discordar
há de ver os seu lamentos
pelo céu a ecoar
( uvas passas no lagar )
com seu ódio virulento
Não sabem da missa um terço
Por que a preguiça não deixa
para tudo fazem beiço
batem de raiva os queixos
e destilam suas queixas.
Atentai ao que semeiam
se algum proveito traz
fogo na palha ateiam
e seus guizos serpenteiam
Vade retro, Satanáz.
Arandu, 27 de agosto de 2009
AS RECALCADAS
Jorge Linhaça
No alto da chaminé
C'os corvos às gargalhadas
elam pegam no teu pé
são pior do que chulé:
As eternas recalcadas
Vejam só como é que é
da vida não fazer nada
se entupirem de café
por falta de um cafuné
pra aquecer as madrugadas
Falam pelos cotovelos
tecem teias de mentira
fingindo extremo zelo
mordem o teu tornozelo
e a "culpa é da indira"
Viúvas de quem nunca as viu
Vivem de ranger os dentes
cães raivosos no canil
de mente tão infantil
dão até pena na gente
Are baba, baguanquelê
Sua vida é uma novela
Quem não entende o que lê
só sabe é aborrecer
os outros com chorumelas
Fazem campanhas como o quê
penduradas nas janelas
achando que teem o poder
de a outros convencer
de serem iguais a elas.
O clube das recalcadas
adora mesmo é calão
Sua vida entediada
só ganha vida, coitadas
fazendo perseguição.
Ou passam despercebidas
por nada terem a dizer
almas pobres e perdidas
manipuladas, vendidas,
a quem mais oferecer.
Cinco minutos de fama
e ver subir o ibope
O macaco quer bananas!
passam dias e semanas
preparando o seu bote
E quem delas discordar
há de ver os seu lamentos
pelo céu a ecoar
( uvas passas no lagar )
com seu ódio virulento
Não sabem da missa um terço
Por que a preguiça não deixa
para tudo fazem beiço
batem de raiva os queixos
e destilam suas queixas.
Atentai ao que semeiam
se algum proveito traz
fogo na palha ateiam
e seus guizos serpenteiam
Vade retro, Satanáz.
Arandu, 27 de agosto de 2009