A GRIPE BOVINA.

Conjunto habitacional,

Da querida Fortaleza,

Se tornou muito famoso

Não por sua grande beleza,

Mas por um outro problema,

Que nos homens dá tristeza.

Essa tal gripe suína

Lá dá preocupação.

Porque se o vírus sofrer

Qualquer modificação,

E mudar pra febre bovina

Morre gente de montão.

O problema é o chifre

Que ataca sua população.

Agora o medo dessa febre

Alterada do barrão,

Homens mortos pela febre

E mulheres à facão.

O homem que pegar a febre

Saberá que foi chifrado.

E chifre não pode ser

Para outro repassado.

Se matar a mulher vai

Pensa que foi extirpado.

O governo preocupado

Com uma carnificina,

Que possa haver no bairro

Se chegar gripe bovina,

Também com medo dos cornos

Ao descobrirem sua sina,

Vai mandar tirar do bairro

Todas mulheres casadas,

Se a gripe chegar por lá

Pra controlar a cornada.

Essa operação de guerra

Já está sendo treinada.

O bairro já é famoso

No Brasil e no estrangeiro,

Mostrado no Fantástico,

Repercutiu bem ligeiro,

A quantidade de corno

Moradora do terreiro.

Se o vírus sofrer mesmo

Uma nova alteração,

E se instalar no bairro

De grande população,

Não for logo detectado,

Assim será a confusão:

Um corno contaminado

Passará pra sua mulher.

Essa para o seu amante,

Esse pra outra que lhe der.

E o efeito em cascata

Chega na Nova Guiné.

Só espero que essa gripe

Seja logo controlada,

E seus efeitos não matem

Qualquer mulher mal amada

E o vírus seja violento

Em Brasília, na Esplanada.

Com muita violência chegue

Ao Congresso Nacional,

Dizime a população,

Representante do mal,

Senadores, deputados

Que estiverem no local

Também aqueles nomeados

Pelos tais atos secretos

Integrantes do PT,

Já que não são mais diletos,

Não representam mais o povo

E dele são desafetos.

Devem morre senador,

Dos olhos esbugalhados,

Aquele que tem bigode,

E o dos olhos azulados,

Um que tem cabelos grandes

Louros e encaracolados.

Um senador medíocre

Que canta desafinado.

Também um do Amazonas

Que anda muito empavonado.

Com o espaço restrito

Não cabe todo safado.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, AGOSTO/2009