O PLANETA MOVIDO A INTERNET É ESCRAVO DA TECNOLOGIA.

O namoro é quase só virtual.

Namorados se olham pela webcam

Num convívio de irmão com irmã

E as pessoas acham isso normal.

A Internet virou um mundo real.

E da vida mudamos filosofia,

No futuro não se terá mais cria.

Para nós ela se tornou a vedete.

O planeta movido a Internet

É escravo da tecnologia.

Hoje, compras não são feitas nas lojas.

Quase tudo é pelo submarino

Até da forma de fazer menino

O homem de hoje até já se despoja

O bezerro na vaca não apoja.

E a mãe não pode nem ver sua cria

Para o bem de toda a Economia

Tudo isso já chegou ao Tibete.

O planeta movido a Internet

É escravo da tecnologia.

Como hoje não temos mais amigos

Tudo faz parte do cibernético

Num ritmo de vida bem frenético

Diferente da vida dos antigos

Raros eram os nossos inimigos

Hoje de todos a gente desconfia

Dos amigos até criaram o dia

E da rede se virou marionete.

O planeta movido a Internet

É escravo da tecnologia.

Vive-se em função do computador

Também das conexões da Internet

Que do mundo é a grande vedete

E são tão necessários a contador,

Engenheiro, perito, professor.

Para máquina perde-se a alforria

Também pro celular que virou mania.

Com que o povo todo se derrete.

O planeta movido a Internet

É escravo da tecnologia.

Na conquista do espaço sideral,

Nos ataques de onze de setembro;

E daquele dia trágico me lembro,

Tecnologia foi bem fundamental,

Tanto para o bem como para o mal.

Em sessenta e nove a lua se via.

Em setembro bastante gente morria,

Instruções não se mandou por ofsete.

O planeta movido a Internet

É escravo da tecnologia.

Entretanto, se não fosse a Internet

Não estaria postando meus cordéis

E não teria leitores tão fiéis

Onde até se consegue arranjar tiete

Este mote por aí se repete

Divulgá-lo a todos nós compete.

Se o homem usar bem a tecnologia

Não só com interesse na alquimia

Não terá mais no mundo nem pivete

E o planeta movido a Internet

Viverá em paz com a tecnologia.

Mote dos Repentistas: :Raimundo Nonato e Nonato Costa

Glosa: HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

Fortaleza, agosto/2009.