Nunca minsquici do meu pai
Os cunsêi do meu pai
Airam Ribeiro 05/08/09
Tô fazeno estes iscrito
Foi só pra num percurá
Os meus véio qui tenho visto
Jogado pra lá e pra cá
É qui nesta ocasião
O dia dos pai ta in questão
In quase todo os lugá.
Um dia eu tive um pai
Ele foi pra mim ispeciá
Da minha mimóra nun sai
Alembro dele pra daná
Seus incino pra mim ta presente
Hoje eu tô aqui contente
Qui inté vim li omenajiá.
Os presente qui papai min deu
Pra vancê posso contá
Ele sempre incinava pra eu
As boa manêra preu falá
Min disse dos meu dereito
E dos meu todo respeito
Qui a todos eu tinha qui dar.
Min incinô eu respeitiá
Os derreito das pessoa
Qui cum isso o mundo ia min dá
Pra mim muitia coisa boa
Mutio bem ele min incinô
A xamá os mais véi de sinhô
Isso nos meus zuvido inda ecoa!
Uma coisa qui papai min incinô
E isso eu guardo muitio bem
Ele min dizia ancim pur favô
Queu num robáci nada de ninguém
Inquanto na terra ele viveu
Os incinamento ele min deu
Depois foi simbóra pro além.
Meu pai nun foi rico não!
Num min dexô niuma herança
Preu gozá aqui no xão
Mais ele dexô em suas andança
E isso ele feiz cum sabiduria
A nos inciná cum aligria
A tê in Deus a cunfiança.
Já faiz vinte e cinco agosto
Qui eu tô sem os seus carin
Mais eu sinto nos meu rosto
Qui eu nunca estive sozin
E disso eu num tenho recêi
Quele ta sempre a min dar cunsêi
Pruquê ta sempre perto de mim.