“MEUS APLAUSOS”

Pra cada isso existente

Pra completar tem aquilo

Peito, só com aureola e mamilo

Remédio pra dor da gente

Cantador, viola, repente

Parafuso, porca e ruela

Ferrolho, trinco e taramela

Porta, portal, batente.

É pedra, cimento e areia

Na formação do concreto

O filho do filho é neto

Cego é sorte de mulher feia

Para o ladrão tem cadeia

É videira, uva e passa

A nota de três é falsa

E vivo tá quem peleia.

Certo é beiço de bode

Relógio que atrasa não adianta

Suco de laranja é fanta

Piranha é peixe que morde

Valente é quem sacode

A poeira depois que cai

Dá a volta por cima e vai

A vitória é seu acorde.

Para o jornal tem manchete

Rede de pesca é tarrafa

O trânsito quem engarrafa

É o danado do Chevette

Bicho que gruda é chiclete

Quero saber de vocês

Se eu somar três mais três

Quando é que dará sete?

A pergunta não é minha

Mas vou fazê-la de novo

Quero saber se o ovo

Nasceu antes da galinha

Pra acabar com a ladainha

Atenção no que eu falo

Se não fosse o galo

Na disto a gente tinha.

No mundo cada varão

Uma varoa tem

Se você conhece alguém

Que não come desse pão

Preste muita atenção

Que ele sadio não é

Quem não gosta de mulher

Não entra no meu cordão.

É carro e motorista

Lamparina, lampião

Pro pouso do avião

É alongada a pista

Boca, dente, dentista

Prosa, poema, poesia

Eu aplaudo com alegria

Os escritos dos “recantista”!

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 01/08/2009
Reeditado em 11/09/2009
Código do texto: T1731966
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