O amor pode matar?
Ciumenta como ninguém
Assim era aquela mulher
Desconfiava de tudo
E vivia a prometer
Se me trair vai morrer.
Pensando não ser assim
Pedro foi a farra
Curtir um pouco os amigos
Ele não tinha inimigos
Pois era um bom camarada.
O que ele esqueceu
Foi que aquela mulher
Que ele venerava tanto
A ponto dos amigos desprezar
Iria beber seu sangue
Naquela festa inocente.
Todos estavam alegres
Por Pedro se encontrar ali
Sua chefe quando viu
O contador de piadas
Deu-lhe um abraço inocente
No meio de toda gente.
De repente entrou ali
Sua senhora valente
Aquilo não era amor
Pois sem nenhum pudor
Descarregou o revolver
No coração do marido
Que caiu estribuchando
Sem mesmo soltar um grito.
Coitada! Não! Era uma doente
Que morreu encadeada
No fundo de uma prisão
Pela sua covardia
De matar pedro um dia
Dizendo ser por amor.