Futuro agora
Tempos de clone e ciclone
Da ilusão dos reclames
Das massas seguindo um nome
Dos vírus novos no ar
Esses tempos apressados
Dos interesses escusos
Que muita gente faz uso
Sem mais a considerar
Já foram tempos temidos
Cuja aproximação
Alertava aos indivíduos
Que tinham boa intenção
Sorrateiramente chega
Sem alarde, nas veredas...
Enquanto se põe as mesas
Livres de preocupação
Os que se ocupam dos fatos
Observam os ultimatos
Os avisos da natureza
Discorrem, usam aparatos...
Filmam, protestam ao destrato
À frieza e os fiascos
Denunciando esses atos
Que resultam da avareza
O futuro que começa
Não espera mais por nada
Não perdoa nem resguarda
Aos que não se prepararam
Ele é indiferente
Não é anjo nem é gente
Para que tarde se tente
Que parem o que começaram
Ele é inexorável
No ritmo do seu curso
Irreversível tributo
Ao um passado negligente
Ele agora é presente
Que anuncia outro tempo
Que se eu os viver invento
Em versos comemoráveis