Não julgue tudo que ver.
O namorado esperando
Minha amiga da janela
viu quando alguém se aproximou
Dando lhe um beijo e um abraço
E desconfiado ficou.
Pois a namorada não foi
Nem um pouco indiferente
Correu e abraçou o moço
Alegre, sorridente e contente.
Ele ficou a matutar...
Quem seria o delinqüente?
Pois tem brinco na orelha
E uma pedra nos dentes
Mais não tem jeito de baitola
Nem parece muito com ela
Por isso não é parente.
Depois de muito abraça-lo
Foi ela pra casa de mamãe
Me dá beijo babado
Imagina se eu ia querer
Fiz de conta que era uma estranha
E me tranquei no quarto a beber.
Depois que percebi
Que ela tinha se ido
Sair na ponta dos pés
E seguir a mal caráter
Na é que o delinqüente
Apareceu ali de novo
Agora não era na rua
Era na casa de meu sogro.
Eu não pude suportar:
E gritei velho safado!
Está amoitando ele aqui?
Quer que eu case com sua filha?
Saiba que pra corno!
É que eu não nasci!
O casamento ta desfeito!
Fica com essa puta pra ti.
O velho não entendeu nada
E chamou a Mariana
Disse:_O que foi menina?
Que você fez por ai?
Perder um casamento desse!
Com o filho de seu Crispim.
Ela disse:
_Eu não sei painho
Não fiz nada eu te juro
O único homem que cheguei perto
Foi o meu tio Filisberto.
Ah! agora entendi!
Vamos lá pra eu resolver
Que moleque besta
Ter ciúme do seu tio
Vamos desfazer
Esse mal entendido
E seu casamento
Com ele ta garantido.
E assim o velho fez
Acabando de vez
Com o ciúmes de Juarez.
E refazendo o casamento
Pois como ele mesmo disse
Em palavras grosseiras
Que o pai da moça percebeu
Donzela Mariana já não era
E a culpa?
Com certeza,não era só dela.