POESIA DA MERDA

Eu sinto dentro de mim

Qu’esse caso acaba agora

Que pra ela é o fim

Que ela quer ir embora

De mim está saturada

Não quer mais minha morada

Forçando sua partida

E sentado na privada

Vou defecar minha amada

A minha merda querida!

Mas depois de evacuá-la

Levantarei devagar

Pra à derradeira fitá-la

Na bacia a flutuar

Com seu glamour e elegância

Grande em tamanho, sustância

E exuberância fecal

Depois darei a descarga

Triste como quem amarga

Perder um órgão vital!

É assim qu’eu me apaixono

E me frustro todo dia

Sentado aqui neste trono

Vaso, privada ou bacia

Sendo fadado a perder

Algo que eu fiz crescer

E’m meu cerne cultivei,

Pra de forma obtusa

Depois transformar em musa

Esta merda que caguei!

João Pessoa, 22/07/2009.