“EPA”

Lia, fez uma coisa sem emenda

Pulou a cerca da fazenda

Lá pro curral se meteu

Uma coisa engraçada aconteceu

Veja bem você se pode

Eu lhe contando você baba

Ela foi mamar na cabra

Enganou-se, mamou no bode.

Depois que o bicho berrou

Foi que ela notou

Que o “leite” não dá papa

Correndo logo se foi

Levantou a capa

Querendo mamar na vaca

Não viu, mamou no boi.

Quando o bovino deu um mugido

Ela viu que se tinha iludido

De vergonha ficou morta

E num caminhar todo torto

Lá no meio da horta

Procurou mamar na porca

Sem querer, mamou no porco.

Quando ela viu que “leite” que vinha

Passou na boca um pano de cozinha

Mesmo assim não deu trégua

Na velocidade dum estalo

Correu mais de uma légua

Certa de mamar na égua

Errou, mamou no cavalo.

Para mim que estava ali pertinho

No aceiro do caminho

Ela começou a falar

Em quatro tentei mamar

Você será o quinto

Que aceite ou não aceite

Hoje eu bebo “leite”

Nem que seja do seu pinto.

Epa!!!

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 12/07/2009
Reeditado em 14/07/2009
Código do texto: T1695027
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