“EPA”
Lia, fez uma coisa sem emenda
Pulou a cerca da fazenda
Lá pro curral se meteu
Uma coisa engraçada aconteceu
Veja bem você se pode
Eu lhe contando você baba
Ela foi mamar na cabra
Enganou-se, mamou no bode.
Depois que o bicho berrou
Foi que ela notou
Que o “leite” não dá papa
Correndo logo se foi
Levantou a capa
Querendo mamar na vaca
Não viu, mamou no boi.
Quando o bovino deu um mugido
Ela viu que se tinha iludido
De vergonha ficou morta
E num caminhar todo torto
Lá no meio da horta
Procurou mamar na porca
Sem querer, mamou no porco.
Quando ela viu que “leite” que vinha
Passou na boca um pano de cozinha
Mesmo assim não deu trégua
Na velocidade dum estalo
Correu mais de uma légua
Certa de mamar na égua
Errou, mamou no cavalo.
Para mim que estava ali pertinho
No aceiro do caminho
Ela começou a falar
Em quatro tentei mamar
Você será o quinto
Que aceite ou não aceite
Hoje eu bebo “leite”
Nem que seja do seu pinto.
Epa!!!