ÁGUA! ATÉ QUANDO?
Já num se ouve o tililingo
Do pingo d’água na bica,
O tililingo danado
Daquela água qui é rica
Qui selve pra tuma banho
E pra lavar mixirica
Que sai do veio qui nasce
Na serra da véia Chica.
A água sai borbulhando
Por entre as pedras polidas
Deslizando sobre a Terra
Fazendo brotar a vida
Vai lavando os desenganos,
Sarando todas feridas.
Levando pras profundezas
Os desencantos da vida.
Se nós num valorizá
O que ôje já é iscaça
Vai chegá argum momento
Qui nós vai bebê cachaça
Pra vê se nós mata a cede,
Num vai morre no camin
E pra vê se nós consegue
Viver só mais um cadin.
Sem a água não se vive
É liquido essencial
Hoje se paga por ela
A quem tem manancial
Vai ser motivo de guerras
De conflito social,
Entre os povos do planeta
Num holocausto final
Deus quando fez o mundo
Usou de toda bonança
Dotou nós de intiligença
Sua image e similhança
E nós quis mudá o mundo
Prantando a disisperança
Valorizando a miséra
E praticano a ganança.
por: Carlos Soares (Carlimorama)