Homenagem a Zenaldo Oliveira

I

Fui buscar inspiração

Nos versos de patativa

Pra fazer a biografia

Que chamo de narrativa

De um caboclo sonhador

Que veio de Campina Grande

Cidade da Paraíba

II

Não trouxe dinheiro nem fama

Dentro da sua algibeira

Mas trouxe talento e sonho

Querendo fazer carreira

O caboclo sonhador

É o Zenaldo Oliveira

III

Em 4 de outubro do ano 65

A data de nascimento

No bairro da Liberdade

Se criou este talento

Maria do Socorro e Zé Gouveia

São seus pais

De sangue e de documento

IV

Seus pais o educaram

Com ensino soberano

Sua característica principal

É a valorização do ser humano

Tratamento com respeito

Transparência e honestidade

Está sempre em seus planos

V

Concluindo o curso técnico

Em eletroeletrônica

Disse agora vou vazar

Exercer a profissão

Também me aperfeiçoar

Ingressar numa empresa forte

Ajudar a prosperar

VI

Zelando o talento que Deus deu

Não foi enterrar no chão

Em 85 ingressou na Vale

No estado do Maranhão

Com apenas 4 anos

No TSP da eletrotécnica

Assume a supervisão

VII

Cada ano que passava

Ele agregava suporte

Pois o homem de talento

Nunca conta com a sorte

Conta com a sua equipe

E vai ficando mais forte

Em dois mil e três assume

A Gerência de Transporte

VIII

De Açailândia a Marabá

Trecho que gerenciou

Com os sindicalistas da área

Ele muito conversou

Com respeito e honestidade

Em prol da prosperidade

Ambas as partes lutou

IX

Mostrou aos funcionários

Que sempre teve valor

A humildade e o respeito

Em suas reuniões pregou

Sem alarde ou fantasia

O grupo todo crescia

Em 2005 se torna

Gerente da ferrovia

X

Pra um caboclo nordestino

Que não teme assombração

Todo desafio é pouco

Não tem medo de arriscar

Foi gerenciar o porto

E num tempo muito pouco

O porto modernizar

XI

Este homem quando nasceu

Sua estrela Deus deu brilho

A onde ele passou

As coisas ficaram nos trilhos

De gerente a diretor

Do Departamento de Logística

Que pra rimar chamo Dilo (diln)

XII

De tanto sua estrela brilhar

A nossa brilha também

Sua história de sucesso

É nossa história também

Cantando com seus parceiros

Tu já vais ao estrangeiro

Fazer sucesso também

XIII

Tens um novo desafio

E não é dançar lacumbia

Vais agora pra Colombia

E morar em Barraquilha

Tens bagagem e tens moral

É Diretor Presidente

Da Vale Internacional

XIV

Toda esta narrativa

Que rimei sem marmelada

Foi fruto de uma pesquisa

De uma equipe formada

Esta equipe é a GATUG

Que é muito bem preparada

Juro por Nossa Senhora

Não aumentei quase nada

XV

Agora caro Zenaldo

Me desculpe a presepada

Se não existir humor

Não existe a gargalhada

Eu vou contar a miudo

Sem nem uma aberração

Como foi a tua viagem

Do sertão paraibano

Pro estado Maranhão

XVI

Vinhas num grupo de amigos

Mas pra comer nada tinha

Sua mãe fez um frito

De sibite com farinha

Era sibite no almoço

E sibite a tardezinha

Todos lisos e sonhadores

Chegaram na Ilha dos Amores

Com saudade da mãezinha

XVII

26 horas de viagem

No ano de 85 DVD não existia

Ouvindo musica em fita k7

Lembrava do povo teu

No ônibus Boa Esperança

Garanto não esqueceu

Trilha sonora internacional

Da novela das oito

Chamada A Gata Comeu

XVIII

No dia 15 de dezembro

Na ilha desembarcou

Na antiga estação da Alemanha

A onde o ônibus parou

Uma Rural Muito antiga

A tua turma fretou

Um precinho camarada o motorista deixou

Com destino ao Hotel Central

A Rural velha zarpou

XIX

A Rural uma lata velha

Andava bem devagar

Na ladeira do Palácio

A Rural quis empacar

A molecada gritava

Forte sem desafinar

“Arruma a mala ê

Arruma mala ê

A rural raí atolar”

XX

Quando foste admitido

Disse agora estou na boa

Pego um ônibus quase chique

Na Praça João Lisboa

Ouço música de Alcione

Nega danada de boa

A música “Vou fazer de tudo

Pra ganhar você nenê

Eu me sinto outra pessoa”

XXI

O grupo se apresentou

Numa sala chique e bela

Para o gerente da época

Chamado Max Vilela

Que disse me faz uma redação

Que eu vou lá no salão

Vou dar uma baforada

Depois que tiver fumado

É redação encerrada

XXII

Quando Max voltou

De sua fumada sagrada

Já encontrou o Zenaldo

Com a redação terminada

Com os pontos e com as vírgulas

Toda bem acentuada

Max não se segurou

Para todos ele falou

Cabra de letra arrumada

XXIII

Me diga quem nunca errou

Exercendo a profissão

As vezes por displicência

Por fazer confusão

Zenaldo também teve erros

Na sua supervisão

Ele fazia acionamento

Ao CPD de Vitória

Em qualquer ocasião

XXIV

Em um desses acionamentos

O homem se descuidou

Pensando na Paraíba

Na família que deixou

Em vez de discar para Vitória

Pra Campina Grande ligou

A sua mãe disse: Glória

Ele respondeu Ô xente!

O que é que você faz em Vitória?!

XXV

Zenaldo na juventude

Se mostrava bem de vida

Usava roupa de marca

E essa marca era Adidas

Seja cueca ou calção

Sandália, Tênis ou camisa

Isso lhe rendeu um título

Digo na hora precisa

“O garotinho Adidas”

XXVI

Nos momentos de descontração

Se junta a rapaziada

É justo nestes momentos

Que sai a música engraçada

O coitado do Zenaldo

Cantava a letra trocada

Na música Vital e sua moto

Mais que união feliz

Ele dizia Ricardo

A turma pedia bis

XXVII

Comida que você mais gosta

Cuscuz, sopa de feijão

Arrumadinho, tapioca,

Doce de coco com mamão,

Coisa que sua mãe sempre faz

Com muita dedicação

São comidas nordestina

Típicas do nosso sertão

XXVIII

Zenaldo, termino estes versos

Tirado do pensamento

Fazendo esta homenagem

Em nome da nossa gerência

Do nosso departamento

Vais realizar mais um sonho

Vai e mostra seu talento

Com Deus tu vais mais além

Vai e mostra para o mundo

O valor que a Vale tem