A história de Graça sem GLÓRIA!

meus dias de sono,

mim pretubam;

não consigo estudar;

as vozes altas,

mim irritam!

não consigo mudar;

as vozes mim embalam,

para cochilar.

não imagino,

que um dia

eu possa vir brilhar,

realizar, os meus sonhos,

os meus projetos concretizar,

viver para mim,

e diexar pra lar.

as vozes a condenar

a vida que está

em mim, já muito

disperdicei; perdi:

oportunidades,

muitas coisas

não alcancei,

vivo a procura de mim

até agora não encontrei...

história triste é essa

minha, queira ouvir,

por favor, vou

disertar um pouquinho

dessa minha grande dor,

vivi o tempo todinho

nas barras do sequestrador...

hoje tenho espaço

para dizer o que penso

antes só ouvia, nao falava!

só engolia os conhecimentos

que passavam e queriam

que eu só reproduzisse

os discursos imponentes

e assim são eloquentes

um dia nao aguentei!

dei um chega pra lá,

vou embarcar no mundo,

quero melhorar

ir em busca de tudo:

conhecimento,virtude,

e aperfeicoamento

para mim formar

naquele riacho muitas

vezes deitei pra descansar

o corpo e dormir de uma vez!

para nao mais acordar.

Quando por lá passava

a mulher que mim gerou

dizia: minha filha, vá

pra casa por favor!

também tinha o cafeeiro,

que muitas me escondia

para não levar uma

pisa de chibata,

aquilo sim que dóia!

só por que

de vez enquando

na casa da vizinha ía.

naquele dia não esperava,

vocês nem sabem

o que ali acontecia

estava tomando banho

de salmora, onde o sangue corria

levei uma pisa danada

só porque lá estava,

mas que nada trazia

minha vida não foi facil,

não é agora que vai ser

descobrir um jeito bonito

de fazer ela acontecer

momentos marcantes,

significantes e amante

do bendito em meu viver

estes mim fazem crescer.

sempre fui esplorada, desde

dos três anos de idade,

levantando de madrugada,

caminhava pela estrada

mais de três horas de jornada

pra pegar o leite para fazer a coalhada

tempo bom que passou e na vida

deixou marcas sacralizadas.

nessa vida dura

quero deixar claro

vivi o tempo de amargura

e na maior deventura,

mim vi condenada

de sentir que a cada

percusso dado a acerteza

do não lugar alcançado

aquele espaço bonito,

aquele recanto bendito,

aquele aconchego acolhido,

aquele amor banido

nao correspondido,

fez de mim um coração ferido!

hoje vejo que na vida,

tudo é acontecido.

aqui descrevi, a vida

do dia para noite, tudo

aqui dissertei, não quero

que se emocionem

por que nunca mim

emocionei e assim

levando a vida

vou cantando minha história.

GRAÇA VIEIRA
Enviado por GRAÇA VIEIRA em 22/06/2009
Reeditado em 31/08/2009
Código do texto: T1662272