INVEJÁVEL

Um caboclo amatutado

De feitio mirabolante

Andarilho itinerante

Viajante calejado

Me deixou ababacado

Numa linda confissão

Que juntou uma multidão

De ouvidos escutantes

Escutando o viajante

Dizer a todo pulmão:

Achei o complementar

Do meu conjunto universo

Pr’o mote achei um verso

Que faz meus olhos brilhar

Ela faz vida jorrar

Da minha alma lascada

E nas curvas dessa estrada

Diz um refrão que eu canto:

QUEM É FELIZ DO MEU TANTO

NÃO TEM INVEJA DE NADA.

E eu ali escutando

Não me botei invejoso!

Do contrário, vaidoso

Com um sorriso estufando

Pois ele estava rimando

A canção apaixonada

Qu’eu compus pra minha amada

Provando sem “entretanto”:

QUEM É FELIZ DO MEU TANTO

NÃO TEM INVEJA DE NADA!

João Pessoa, 20/06/2009.