GOSTO NÃO SE DISCUTE

Quando a beleza impera

trocando amor por vaidade

a vida deixa a poesia

e busca a futilidade

todos parecem bonecos

zumbis em plena cidade

A moda é instante que passa

como a brisa na esquina

que segue e desaparece

e nada em volta germina

como semente já morta

tudo fragmentos, ruína

Humanos são unha e carne

com glamour e lantejoulas

o brilho das passarelas

vitaminas em ampolas

mistura cravo e canela

chorando corta cebolas

Mas nada se pode fazer

pois não se discute gosto

religião nem futebol

mormente no mês de agosto

porque encarar discussão

tantas vezes traz desgosto

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 20/06/2009
Reeditado em 20/06/2009
Código do texto: T1657773
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