CORDEL DO AMOR CRISTÃO 
Para Milla Pereira


 
A Milla Pereira está dodói, foi acometida por uma crise do nervo ciático.


 
Antigamente se dizia
E minha avó acreditava
Que a “benzeção” valia
Que com sua força curava.
Falavam dos capuchinhos
Homens, bons, pios, castrados,
Que benziam os doentinhos
Ficavam todos curados.
 
Acho que a minha mana
Benzer-se está precisando,
Com arruda e mel de cana
E um capuchinho orando.
Ela está com dor ciática
Mal consegue se mover
Logo ela, tão simpática
Desse mal vir padecer?
 
É uma dor que dilacera
Que não nos dá posição
Eu já sofri, viu galera?
A dor nos tira a razão.
Maninha, que Deus te ajude
Com anjos bem escolhidos
Bom repouso, que a dor cure,
Que o mal seja vencido.
 
Ficarei daqui orando
Pedindo ao Senhor Deus
Que a dor vá se afastando
Que dê cura aos nervos teus.


 
Amo-te minha doce e querida maninha.
Quisera poder estar aí em San Paulo para fazer algo por ti. Daqui, só me resta orar ao Deus que tudo pode, para que restabeleça integralmente tua saúde.
Que Jesus esteja contigo!
 
Beijinhos,
 
Hull
 
 

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Meus dois parceiros de Sexteto, Pedrinho e Airam, vieram prestar solidariedade a nossa também companheira Milla Pereira.
Obrigada, meus amados,
Hull

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Êsse tar de nêuvo Ziático
Eu miorêi cum Idruterapia
Tomêm juntím da culuna
O disgramádo me duía
Num tinha lugá pra ficá
Era remédiu tôdo dia!
 
A tar da injessão tomada
Que Millinha aqui falô
É uma de nome Beta Trinta
Dotô Pedróca já conto
Purquê a de nome Voltaren
Num tirô nadinha minhas dô!
 
O dito e tár nêuvo ziático
Inté hôje vévo sintíno
Vô orâno Orâno e gardecêno a Deus
Só assim eu vô siguíno
Mais Milla vai ficá sarada
Purquê por todus é bem amada
E Deus talá encima ouvíno!
 
Beijos pra vc maninha e pra Milla tbm.
Breve recuperação, amiga.
Do amigo capixaba.
 
Pedrinho Goltara
 
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Óia tamém tô vortano
E aqui tô logo a rezá
Pois logo condo fui intrano
A nutiça fui incrontá
Qui Milla adueceu
Isso mutio min tristiceu
Mais a cura ta a xegá.
 
O mastruis vai te curá
Pois pra isso ele é prático
Ele mata inté as vermis
Magina os nervo ciático
Em nossa flora ele tem
Sem nun custá um vintém
Nas conta dos matemático.
 
Maxuca ele dereitim
Bota um tiquizin de sal
Se num miorá um poquim
Garanto qui num faiz mal
Bota na parte afetada
Eu agaranto qui num dói nada
Tudo cuntinua normal.
 
Daqui faço a benzeção
Pois meu santo é bem forte
Num perciza de injeção
Pois isso né cauzo de morte
A dô dela vai sumi
Para bem longe daqui
Onde fica a úrtima cancela.
 
Dito isto ta dizido
Amém no fim da benzeção
O ato ta consumido
Foi imbóra na oração
Sei qui a dô dilacera
A pessoa fica marela
Deporna vorta a ficá são.
 
Bejão Clara, tô vortano aos pôco, os zóio ta maismió.
Airan Ribeiro
 
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Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 16/06/2009
Reeditado em 18/06/2009
Código do texto: T1651606
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