Homenagem à Turma de Letras Intervalar 2003 UFPa Marabá

Ufa! Hoje é o penúltimo dia

Deste semestre maçante

Um a mais e a turma gritaria

Chega! Que período sufocante!

Vindos da correria

Típica de fim de ano

O cansaço se percebia

Nos semblantes, soberano.

O professor compromissado

Carrega uma sina na vida

Trabalhar e estudar coitado

Pra ver se ameniza a lida

Para as finanças melhorar

Trabalha 12 horas por dia

Procurando conciliar

Trabalho, estudo e família.

Situações piores e sérias

É de quem faz intervalar

Que no período de férias

É obrigado a estudar

Pra piorar a situação

Professor despreparado

Os que assim não estão

Demonstram-se estressados

Neste semestre se viu

De tudo que se possa crer

De briga a prova tomada

Conforme vou descrever

Com o que digo não desejo

Alguém magoar ou ferir

Tudo que será dito

É para a turma divertir

De já eu peço desculpas

Do que será relatado

Baseados em fatos vistos

E outros que me foram contados

Quênia foi a professora

Que começou o período

Recebeu carinho da turma

E Barby por apelido

Com ela vimos o Romantismo

E o Realismo português

Camilo, Eça e Cesário

Foram os autores da vez

O Walmir foi o segundo

Com nossa Literatura

Quase nos mata de sono

Imaginem que aula dura

Romantismo e Realismo

Naturalismo no Brasil

Foram os temas literários

Que nessas aulas se ouviu

Lucivaldo foi o terceiro

Este novo nome ganhou

Xicrim foi o apelido

Que com certeza pegou

Este deu língua portuguesa

E muitos exemplos citou

A língua xicrim foi a fonte

De onde os exemplos tirou

O quarto foi o Marcelo

Professor camaleão

Como este muda de cor

Ele muda de opinião

De manha dizia uma coisa

À noite tudo mudava

Não se sabe com certeza

Que aula mesmo ele dava

Acho que foi o simbolismo

O assunto a se estudar

Mas símbolo para a disciplina

Melhor que internet não há

Pois todo e qualquer aluno

Que orientação a ele pedia

“Pesquise na internet”

Era o que dele se ouvia

Em seguida veio o Cláudio

Com Introdução à Semântica

Disciplina que veio antes

Da filologia românica

Quem ouviu atentamente

O temor que os romanos causavam

Pode entender mais ou menos

O que os colegas passavam

Durante os seminários

Enquanto alguém apresentava

Era só o Cláudio abrir a boca

E o coitado pasmava

Desistências foram muitas

E não se sabe o resultado

Pode ser que dos concluintes

Alguns estejam reprovados

Mas, o mais interessante

Ficou pro último dia

Pois Cláudio fez uma prova

Que nenhum de nós merecia

Ficamos todos em fila

Sem poder olhar pra trás

O silencio era maior

Do que no cemitério se faz

Mas através de um nobre colega

O silencio se viu quebrado

Era o Ananias que chegava

Como sempre atrasado

Alem do atraso não sabia

O que se tinha tratado

Entregar os trabalhos a mim

Conforme ficou combinado

Este se dirige ao Cláudio

De modo desconfiado

A cara amargurada

O corpo todo entravado

Perguntando sobre o trabalho

Que o professor tinha passado

E Cláudio me diz: Francisco,

O que eu havia falado?

Então eu disse Ananias

Quando se chega atrasado

Para não pagar um mico

É melhor ficar calado

Mas o Cláudio intervém

Em defesa do supracitado

E disse Francisco entenda

O rapaz é um coitado

Atrasada também chegara

A amiga Iolanda

O professor disse a ela

Pega tua prova e anda

Quando o último terminar

Vocês não terão mais tempo

Devem entregar a prova

Conforme agora oriento

João sabendo da história

E tentando ajudar

Ficou segurando sua prova

Para a colega terminar

Cláudio virou-se pro João e disse:

“Cuidado irás te prejudicar

Pois vejo terminaste a tempo

Estás a aí a enrolar

Entregue-me já essa prova

Deixe de embromação”

Foi dizendo isto e tomando

A prova da mão do João

Se dirigiu então a Iolanda

Se sentido ofendido

“Gosto tanto de você

Não faça isso comigo

Entregue-me a prova Iolanda

O tempo está esgotado

Eu não gosto que aluno

Chegue na aula atrasado".

Como eu disse neste semestre

Muita coisa aconteceu

De briga a tomada de prova

Conforme relato meu

Neste período se cumpriu

Um ditado muito corrente

Aquele que diz assim:

“Respeito e bom e conserva os dentes”

O Problema aconteceu

Por causa de preconceito

O Robson disse que o André

Lhe faltou com o respeito

A briga se sucedeu

Em frente ao colegiado

E conforme vir e ouvir

Vou dizer o resultado

André com a careca azunhada

Robsom com o óculos quebrado

Miguel Kassebe relatou

A história toda no rádio

Outra briga foi promessa

Por causa duma fotografia

Em que nosso colega Ananias

Pose de bichona fazia

Como responsável pela foto

Evanilson foi apontado

E por causa desse episódio

Ele foi ameaçado

É bom que todos aprendam

Que não é bom discriminar

Deixe que cada um seja

Aquilo que desejar

Homo, hetero, ou bi

Deixe o amigo escolher

Pois a mudança se percebe

Em cada um se fazer

Dizem que os alunos de letras

Entram as garotas azarando

Mas depois de alguns anos

Saem daqui rebolando

Imaginei que a tradição

Só aos homens acontecia

Mas vejo que entre as mulheres

O mesmo se presencia

Elida e Jozi são amigas

Disso ninguém duvida

As duas sempre andam juntas

Numa amizade colorida

Imaginem que certa noite

Neste mesmo pavilhão

Marizangela contemplou

Tamanha indiscrição

Elida toda empolgada

Na Jozi passando a mão

Não vou dizer bem aonde

Pra não haver confusão

A Jozi não satisfeita

Com a forma da pegada

Tomou a mãozinha da Elida

Levando à parte desejada

Vejam bem como são as coisas

As pessoas vão se entregando

Pois Bianca me falou

Que também andou passando

Mas isso é briga de casal

Acho melhor não me meter

Antes que quebre o cacete

E elas queiram me bater

Já relatei no passado

Mas preciso enfatizar

A relação dos amigos

Valdicley e Gilmar

Depois dos dois passearem

À tarde por marabá

Na casa das ipixunenses

O Gilmar se frez escutar

Disse que o Valdicley

Não resistiu a tentação

Comprou três bonequinhas

Pra alegrar seu coração

Bonequinhas moranguinho

De cheirinho delicado

Acho que na verdade

Gilmar estava enciumado

Ciúme é coisa seríssima

Não se deve confiar

Por eles alguns tiram a vida

Outros preferem matar

Acho que por causa dele

Valdicley se adequou

Vejam que nunca mais

Perto da Edileuza sentou

Enquanto os homens passeiam

Comprando suas bonequinhas

Dar dó das mulheres da turma

Saudosas, carentes e sozinhas.

É o caso da Marizângela

Que terminou com o namorado

E às vezes fica pensando

O que faria com um tarado

Marizângela, não precisa

Pelas paredes subir

Pois tua carência afetiva

Eu posso a qualquer hora suprir

Esperta mesmo é a Luciana

Que de carência não se afetou

Em um semestre apenas

Nunca ela tanto viajou

Por mais pouquinho que fosse

O tempo que lhe sobrava

Ela arrumava a pastinha

E pra casa viajava

Isso sim é que desejo

De ver o filho e marido

E esta foi sua forma

De resistir o período

O caminho de Jácundá

Com certeza afundou

Pois a Natália foi outra

Que nunca tanto viajou

Quando não era ela que ia

O marido se fazia presente

Natália encontrou a forma

De passar dois meses contente

Maria chamou a atenção

Com o novo penteado

Distraia-se tirando dos olhos

O cabelo que fora alisado

Marizangela, Valdicley e Edileusa

Tentaram fazer diferente

Pois foram os únicos da turma

Que foram ver o presidente

Não sei se pediram ao Lula

Pro salário do professor melhorar

Ou pra dar uma ajudinha

Para o professor estudar

Eu quase ia esquecendo

De um dia muito legal

Em que fomos para o parque

Uma turma sensacional

Fizemos de tudo um pouco

E muito nos divertimos

Não é fácil descrever

As sensações que sentimos

Não sei se esqueci algum fato

Que nos tenha acontecido

Então eu peço desculpas

Se eu tiver esquecido

É bom que ninguém esqueça

Que o projeto tem que trazer

No semestre do mês de julho

Pra iniciar o TCC

Bom eu já estou com saudades

E aproveitando o ensejo

Saúde, felicidade e dinheiro

A todos os amigos desejo.

Agora para encerrar

A todos peço atenção

Pois desejamos que o Paulo

Por nós faça uma oração.

Estou morrendo de SAUDADE!

fffmagal@hotmail.com