Zulu, o perigoso do Hipódromo.

Cabaço voando é tudo igual

É sempre um grande escarceu

de menina ou de cachora

pensando que vai pro céu

por que nunca viu pica

e nem deu a piriquita

Mas é o cabaço que vai pro beleléu

Do arruado que eu morava

veio a notícia infeliz

mais um cabaço voou

não foi de moça ou imperatriz

Foi de cachorra de madame

cheia de frufru e arame

Que o tarado o selo quis

O nome do autor aqui se diz

é chamado de Zulú

negro, grande, assustador

O dono que que segure o cú

A confusão já tá formada

Corre toda a gurizada

Aumentando o buruçu

O cachorrão Zulú

bicho bem quisto e adorado

De Seu Fernando e Sueli

Foi quem fez o malfadado

por descuido um portão aberto

a cachorrinha ali por perto

não viu de onde veio o dobrado

Com o juizo recobrado

A cachorinha viu voando

o véu, o selo, e as prega

Pois a madeira foi sentando

sem dó nem piedade

diga-se a verdade

Zulú sem pena foi montando

A confusão foi aumentando

um grita: ELA ERA MOÇA!

o outro: TEM QUE CASAR!

Zulú cheio de bossa

Sueli só com vergonnha

por conta do cão perronha

Que seus filhos a fez comprar

Comeu tem que casar

Zulú agora é noivo

pro seu desmando acertar

Cabaço não tira de novo

Sueli fez prometer

com donzela não se meter

Mas com a sogra vai morar!

Henrique Moura – Maio de 2009

Henrique Barros
Enviado por Henrique Barros em 04/06/2009
Código do texto: T1631347
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