Mulher na Religião
Religião é negócio delicado
difícil não virar peleja
mas aqui eu vou tentar
e o mote dou de bandeija
Mulher e sua posição
é sempre perto de cão
é uma pena que assim seja
Mas é assim que se deseja
na maioria das doutrina
é falada e mal-falada
feito ave de rapina
Ela enganou Adão
foi culpada da expulsão
do homem da casa Divina
A mulher é sempre a estricnina
que a religião inventa
pra envenenar o home
É usada como ferramenta
destruída no seu nome
O pão do demo ela come
e sua fama só aumenta
E nesse levanta-assenta
Esquecem a mãe, a tia, a avó
as bichina que se arrebenta
parece que tudo nasceu só
num tiveram mãe nem parteira
um bando de seca pimenteira
e ainda vai ficar pior
Pois existe religião
que é de muito se espantar
diz que a mulher pro cidadão
é calamidade de arrepiar
Que Deus não deu ao home
desgraça maior do que a que ele come
Acho que esquecem do verbo amar
Devem as bichinha odiar
ou não chegaram a conhecer
quem vos desse um chamegar
Pois beiço molhado lamber
depois de dar no couro
vale mais do que ter ouro
um bom aconchego receber
Mas tenho fé e quero crêr
Que um dia isso muda
e o homem vai perceber
que tem Ana, Claudia, Raimunda
sogra, irmã, avó, mãe e tia
de amor num vai ter caristia
Já que elas carregam na corcunda
Esse bando de xoxa bunda
Bando de cabra frouxo
que a covardia tanto abunda
Que mulher gosta de acoxo
de beijo e muito carinho
que num tem outro caminho
pros que tem aquilo roxo
Então eu lanço desafio
espero que os home aceite
de amarar esse roto fio
e temperar feito o azeite
dar tudo que sua mulher merece
garanto que ela de tu num esquece
e pros dois vai ser só deleite!
Henrique Moura – junho de 2009.