Ao Poeta Xucro de Tapa
Ao Poeta Xucro de Tapa
Vô dizê procê poeta
cocozudo de uma figa,
burro de meia tigela
e comedozim de espiga
que acha que é o bambambam
gritando igual ao Tarzan,
narigudo igual Tantan,
que vive pronto pra briga.
Fala do verso trocado,
da rima do interior,
deste que é metrificado,
repente feito cantor
de embolada lá na Sé,
pois tu és um Zé mané
que só sabe vir de ré
e não passa de estupor!
Lixo de meio de feira
que não sabe nem rimar,
seu comedor de farinha
que só sabe criticar...
Faz cada versinho branco...
Pode chamar o teu flanco
que seu poema eu arranco e
dou pro bêbo vomitar.
Papagaio linguarudo,
quem que precisa pensar
pra escrever só verso torto
e falar de amar amar...?
Esta bosta nos inflama!...
Diga: quem é que não ama
e não faz tipo de trama
só pra poder se alegrar?
Ora, pois, é só cagando
mesmo que se sente o cheiro;
mas vê se limpe direito
o seu lixo por inteiro,
porque eu sou contemporâneo,
o meu verso é titâneo
que esfacela bem seu crânio
e ainda sai zombeteiro.
02/12/2008 22h
Zé Roliço