NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA BESTA

(Em homenagem ao 3º aniversário do Jornal da Besta Fubana -www.luizberto.com)

Para estar bem informado

Naveguei na internet

Aprendi com meu pivete

Que vive conectado

Não sou informatizado

Pois no site eu engatinho

Mas atrás de um jornalzinho

Mexi de segunda a sexta

Encontrei foi uma Besta

No meio do meu caminho

Eu disse é o satanás

Que tá vindo pro meu lado

Tive um susto danado

E quase caio pra trás

Mas eu fui com todo gás

E nem bati a pestana

Tentei quase uma semana

Mas no seu lombo montei

E depois que eu cavalguei

Vi que a Besta era Fubana

A Besta no seu Jornal

Tem uma Quinta Columna

E é também a tribuna

Do escritor virtual

Nela a gente mete o pau

Ou faz uma louvação

Liberdade de expressão

É sua filosofia

O Papa a gente elogia

Mas o Presidente não

Com ela é só alegria

E me sinto muito bem

Pois no seu caçuá tem

A Hora da Poesia

Pedro Malta nos vicia

Com poesias famosas

Repentes, Motes e Glosas

Do meu tempo de menino

E tem Jessier Quirino

Contando causos e prosas

Tem Marcelo Alcoforado

Nos falando A Propósito

E mexendo no depósito

Eu fiquei admirado

Poetas, vi um bocado

E a lista não é pequena

Marco di Aurélio e Mascena

Allan, Wellington Vicente

Felipe Júnior é o quente

Com ele ou vai ou empena

Essa Besta sem vergonha

Sempre me tira do ócio

Pois ela tem O Negócio

Que é da Coisa Medonha

Quem cavalga nela sonha

Quando deita no divã

E logo fica seu fã

Vendo uma prosa poética

Na Coluna Dialética

Ou lendo Carlos Ivan

Tava bem na montaria

Procurando Reportagem

Mas vi muita Fuleiragem

Mulher nua e putaria

Pois tem cabra que envia

Umas negas indecentes

Mas não são minhas parentes

Não custa dá uma olhada

Eu não sou besta nem nada

Não dou co’a língua nos dentes

A Besta desembestou-se

Deu a bobônica sumiu

Ninguém sabe ninguém viu

Onde a danada embrenhou-se

O que era bom acabou-se

E eu fiquei andando a pé

Fui até em Itapé

Só vi Pedras no Caminho

Fiquei andando sozinho

Não achei nem Dom Dedé

Por quase uma semana

Vivi numa de horror

Não pagaram o provedor

Sumiu a Besta Fubana

Zelito usando a profana

Histórias de Beiradeiro

Disse a Dedé Monteiro

Acunhâncio e Gaião

Que fizeram gozação

Do Papa Berto Primeiro

Filó e Meca Moreno

Abílio Neto e Goiano

Acharam que era engano

E o defeito era pequeno

Depois viram que o empeno

Durou quase uma semana

Mas ela voltou bacana

Feito égua de primeira

Nunca mais falo besteira

Dessa tal Besta Fubana

Feito Madeira de Lei

Fui bater No Pé da Mula

Mas tava com muita gula

E por ali não parei

Cavalgando eu encontrei

Epístolas do Cardeal

Achei tão sensacional

Que eu disse agora vai

Juro Em Nome do Pai

Foi o que Deu no Jornal

Procurei um comentário

Que tivesse coisas fúteis

Encontrei Coisas Inúteis

Escritas num Inventário

Fiz meu passeio diário

Atrás de animosidades

Num olhar Sobre as Cidades

Eu olhando bem de perto

Vi a Janaina Berto

Nos contando novidades

Cavalguei por uns momentos

Na política brasileira

Vi Luciano Siqueira

Raul Jungmann e seus talentos

Encontrei muitos Eventos

Espetáculos e Babados

Vi Hellen com arretados

Causos e receituários

Também vi bons Comentários

Muito bem Selecionados

Fernando Antonio é fino

Como Aldo Paes Barreto

Engrossando esse coreto

Com o Leonam Quirino

Ricardo Anísio tem tino

Nas crônicas que ele faz

Luis Nassif é demais

Digo isso e não engano

E Raimundo Floriano

Só vem com gosto de gás

Nessa Besta bem montado

Nas minhas cavalgaduras

Vi um Programa Leituras

Vindo da TV Senado

Cavalguei mais um bocado

Com jeito e com paciência

Li uma Correspondência

Pela Besta Recebida

Fiquei tão feliz da vida

Que fiquei na dependência

Agora é uma agonia

Eu não agüento mais não

Pois Joca Souza Leão

Leio quase todo dia

Luiz Otávio envia

Seu cardápio variado

E vem do Pontificado

A Palavra do Editor

Que é um Peruador

E é descompromissado

Ele é um Azeitador

O maior do arrebol

Pois é Do eixo do sol,

Que é lubrificador

Além de ser criador

Da Besta, sua excelência

Currículo sem saliência

Carrega em sua carreira

Porque é Fiscal de feira

Nessa grande sapiência

É um Especialista

Só em generalidades

E em suas qualidades

Diz que é centro-extremista

É um grande cachacista

De fumaça Ensacador

Carnavalesco e autor

Mas de obra dispensável

Há quem diga que é notável

Mas de Nota sem valor

Eu cavalgo devagar

Num galope sem carreira

Pra ler Geraldo Pereira

Vandoni e Hugo Studart

Não deixo de espiar

José Paulo Cavalcanti

E sempre vou adiante

Nas intrigas de Divane

Que você não se engane

É uma peitica constante

Nessa Besta encontrei

Um rol de comentaristas

Eu já preenchi três listas

E ainda não terminei

DeAmbrósio e Roserlei

Com Leonardo Leão

Chamaram minha atenção

Como a Lux Mãe de Dois

Muitos eu leio depois

Mas não deixo de ler não

Luiselza e Magal Melo

Eu encontro neste fardo

Junto com o Bispo Bernardo

Outro nome que eu zelo

Cada comentário belo

Eu encontro nas matérias

Que falem de coisas sérias

Putaria ou Sacanagem

A leitura é uma viagem

Como sangue nas artérias

Lá se vão três invernadas

Da nossa Besta Fubana

A gazeta mais bacana

Entre as melhores criadas

Está em todas baladas

Quando se fala em Jornal

E no mundo virtual

Ganhou popularidade

Pois sua comunidade

Já é internacional

Quero parabenizar

A Igreja Sertaneja

Mas não vi uma cerveja

Pra gente comemorar

Mesmo assim não vou falar

Porque o Papa está certo

Mas se ele não tiver perto

Sei que vou esculhambar

Porém quando ele chegar

Grito: Viva o Papa Berto!

Agora sem brincadeira

Deixo um abraço fraterno

Desejando ser eterno

Esse Jornal de primeira

Seguindo na dianteira

No mundo do mais esperto

Parabéns a Luiz Berto

E seus colaboradores

Poetas e escritores

Que vão no caminho certo

Ismael Gaião da Costa

Recife, 17 de abril de 2009