SAUDADES DE VOCÊ, ULLI!
(Milla Pereira)
 
Maninha, esta saudade
Que aperta o meu peito
Vai crescendo, me invade,
Combatê-la, não tem jeito
Acho que esta cidade
Ficou muda de verdade
E tristonha, com efeito!
 
São Paulo se acostumou
Com seu jeito carinhoso
Seu sorriso conquistou
Cada canto deste pouso
Quando você se ausentou
Toda a cidade chorou
Um pranto contagioso!
 
Lembro de sua amizade
E dos dias sem tristeza
Nas ruas da Liberdade
E lá no Santa Tereza
- Aquele chopp gelado!!!
Nosso passeio encantado
Pelo Museu da nobreza!
 
Minha maninha, me diga
Quando você volta aqui
Esta saudade, amiga
É bem capaz de explodir
Você aí em Brasília
E aqui o sol não brilha
Se sua voz não ouvir!
 
Ficarei lhe esperando
Qualquer dia, qualquer hora
Mas, isto está demorando...
Acho que eu vou agora
No primeiro avião
Aquietar meu coração
Que de saudade - só chora!

 
O QUE FAZER COM A SAUDADE?
(Hull De La Fuente)
 
 
Oh, mana, a tal saudade,
Também me pegou de jeito,
Um escândalo, um alarde,
O ar ficou rarefeito.
O mal estar na verdade,
Deixa o coração estreito,
Mas vence a nossa amizade.
 
Se São Paulo me reclama,
Linda cidade encantada,
Meu peito por ela inflama
Dela sou enamorada.
Esta saudade é um drama,
Viva a SAMPA abençoada,
Onde tu vives minha mana.
 
Cada minuto vivido
Em tua doce companhia
Eu guardo aqui comigo,
Lembro da tua alegria
Teu carinho, teu abrigo,
Lembro até da fantasia
Da odalisca, que perigo.
 
Eu não sei quando irei
Por que vou a Fortaleza
Com meu filho viajarei,
Será belo, com certeza.
Mas se tu vens sorrirei
Daremos fim à tristeza
E um canto pra ti farei.
 
Maninha se Deus deixar,
Vou te importar pra Brasília
Então vamos passear,
Conhecerás minha família.
Cassoulet vou preparar
E num sorvete de baunilha
A saudade sufocar...