O colorido de Collor que a Globo nunca mostrou
Quero alertar o povo
Para votar consciente
Porque nem sempre o mais novo
É o melhor para a gente.
Pois esse Collor de Mello,
Que dizem ser o mais belo,
Não é novo no cenário
E mesmo sendo de chita
Não é gaiola bonita
Que dá comer a canário.
Votar pela aparência
Como muita gente faz
É falta de consciência
Que prejudica demais.
Pra concurso de beleza
Até eu tenho certeza
Que Collor é favorito,
Mas para ser presidente
E trabalhar pela gente
Não precisa ser bonito.
Precisa ter compromisso
Com nossa gente sofrida.
Tem lutado por isso
Desde o início da vida.
Precisa capacidade,
Além de seriedade,
Coisa que Collor não tem,
Pois quem esconde o passado
Deixando o povo enganado
É demagogo também.
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Entre os dez candidatos
Que já estão em campanha,
Sejam velhos ou novatos,
Cada um tem uma barganha.
Collor que ser diferente
Se dizendo independente
Sem estar comprometido,
Mas é tudo marmelada,
Pois atrás tem uma cambada
De empresário escondido.
Desde bancos nacionais
Deputados e prefeitos,
Até multinacionais
Querem que ele seja eleito.
Mas a grande Rede Globo
Que faz o povo de bobo
É o seu maior padrinho,
Pois Collor na presidência
Vai aumentar a potência
De seu Roberto Marinho.
É um dos proprietários
De rádio e televisão,
Mas vejo que empresários
Vivem sempre em comunhão.
Porque o S.B.T.,
Que sempre quis ser poder,
Também entrou no “Complô”
Levando Collor pra “Praça”,
Pra “Hebe” que é sem graça
E pro programa de “Jô”.
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Olhando para pesquisa
Não fico preocupado,
Mas vejo que se precisa
Mudar este resultado.
Pois conheço muita gente
Que inconscientemente
Diz que Collor é mudança,
Mas mostrando seu passado
Provo que está enganado
Quem tem essa confiança.
Collor que ser novidade
E ser um bom concorrente,
Mas veja que na verdade
Seu passado não consente.
Antes de ser deputado
Foi prefeito nomeado
Do falido P.D.S.,
Foi colega de Sarney,
Disso eu também já sei
E quem sabe não se esquece.
Collor é renovação
Para quem está por fora,
Mas preste bem atenção
No que vou dizer agora:
Na eleição indireta,
De maneira indiscreta,
Em Maluf ele votou.
E na antiga Arena,
Que ele hoje condena,
O seu pai foi senador.
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Tentando ser presidente
Com o apoio do povo,
Só aparece pra gente
Dizendo que é o novo.
Mas como vocês tão vendo
O que Collor vem dizendo
Da política brasileira
É só coisa descabida,
Pois em toda sua vida
Foi político de carreira.
Diz que vai moralizar
A política do país,
Mas quando vai começar
Ninguém sabe ninguém diz.
Pois Collor na prefeitura
Aprendeu com a ditadura
Que devia apadrinhar.
E cinco mil filiados
Ele deixou empregados
Somente para mamar.
O que fez na prefeitura
Achou que foi natural,
Pois repetiu sem bravura
Na Câmara Municipal.
Onde provou para a gente
Como é incoerente
O discurso que ele faz,
Porque sempre criticou,
Mas também foi criador
Dos famosos marajás.
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Collor reclama que o povo
Está de mal a pior,
Mas não soube ser o novo
Na capital Maceió.
Pois pra fazer o serviço
Da retirada de lixo
Mais imposto quis criar
E quando alguém reclamou
A polícia ele jogou
Para o povo se calar.
Eu não consigo parar
Em falar deste sujeito,
Pois pra onde a gente olhar
Aparece mais defeito.
Diz que é político sério,
Mas dentro do seu império
De rádio e televisão,
Deixou muitos jornalistas
Sem direitos trabalhistas
Mostrando ser mau patrão.
Há muita incoerência
No Collor anda falando
E com certa paciência
Eu vou dizendo e provando.
Pois sendo governador
Muita coisa ele aprontou
Com o seu eleitorado
E tendo vida bacana
Nunca esteve uma semana
No governo do estado.
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Sabendo do que ele fez
Num passado bem recente,
Eu mostro mais uma vez
Que Collor é incoerente.
O prefeito do interior,
Que nunca se filou
Ao seu PRN,
Sofreu discriminação
Ficando sem um tostão
Do dinheiro do I.C.M.
Diz ao povo brasileiro
Que vai acabar com a fome.
Esquece que sem dinheiro
Nenhum ser humano come.
Pois quem foi seu funcionário
Perdeu muito no salário
Porque Collor no poder
Foi um grande ditador
E também nunca pagou
Gatilho ou U.R.P.
Para ser renovador
Defende a democracia,
Mas um observador
Vê que é demagogia.
Pois provou que foi criado
E que também foi cevado
Na estufa da ditadura,
Reprimindo jornalistas
E também radialistas
Pra cultivar a censura.
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Collor não quer debater
Com outro seu concorrente,
Dizendo que vai fazer
A campanha diferente.
Mas o medo que ele tem
É que apareça alguém
Para mostrar a Nação
Que a fama que ele ganhou
De ser um renovador
É pura tapeação.
É um falso moralista
Pregando seriedade,
Pois sendo um oportunista
Usou da vivacidade.
Quando a Veja publicou
Que ele era o “caçador”
Dos famosos “Marajás”,
O povo foi enganado,
Porque lá no seu Estado
Ele mesmo é um dos tais.
Diz que vai erradicar
O nosso analfabetismo,
Mas onde a Globo está
Só vejo continuísmo.
Pois ela sempre apoiou
O Governo ditador
Que nos deu tanta inflação,
Por isso fique ciente
Se Collor for presidente
Vai ser o fim da Nação.
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Se a gente for comparar
Com o Reino de Avilan,
A Globo é Ravengar
E Collor é Lucian.
Pois no lugar de Sarney
Ele será como um rei
Sem ter pena de ninguém,
Porque este concorrente
Ao cargo de presidente
É o pior que se tem.
Se você ficou chocado
Com tudo que eu falei,
Me chame cabra safado
Diga que eu sou Sarney.
Pra poder desabafar
Pode me esculhambar
Dizendo que eu pirei,
Pois posso rasgar dinheiro,
Mas como bom brasileiro
Em Collor não votarei.
Se pensa votar em Collor
Apenas pra protestar,
Eu peço por Deus Apolo
Pense antes de votar.
Pois o povo brasileiro
Quer dar um voto certeiro,
Para não ser enganado.
Por isso lembro a você
Veja o que vai fazer
Com nosso povo explorado.
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