SÃO MARTINHO D'OESTE- SP

Nu meio de boas cidades

Nem parece ser ancim

Enziste um povoado

Pur nome de Som Martim

Lá mora um poco de gente

Lá mora um povo decente

Um pôco é parente di mim!

Lá vévi a Tia Ana

Duas vêis viúva de seus amoris

Junto mora o Tio Fídio

Tio Zeca e Maria Doloris

Elis pesca no Riberão

Dia sim e dia não

Uns pêxes de bons saboris!

Lá mora uns índios na aldeia

Uns cabras bons prá xuxú

É bem próchimo dali

A aldeia Icatú

Lá tem muitio pé de jaca

Lá tem carnêro, tem vaca

Tem tomem pé di caju!

Foi ali que lá nasci

Nos idus de 57

Nadava lá no poção

Chupava muito xicréti

Cumia bem gabiróba

Subia em pé de peróba

Andava tombem em xarréti!

Istudei naquela iscola

Lá istava o Seo Jacinto

I tombem a tia Gregória

Sinto sardadi, eu sinto!

É um tempu qui não vórta

Sardade nóis num suporta

Digo a verdadi, não minto!

Istudei tomém em Artalegre

Tudo dia ia lá

Num caminhão nóis lá ia

Do tar de Zé Carvalhá

Tudo dia viajava

Nas aulas nóis num fartava

Para as letras decorá!

Meirrmão tenho sardade

Desse tar de Som Martim

Vorta e meia quero ir

Matar a sardade,ancim!

Carqué dia vô prá lá,

Vô passá no Jatubá

I chegá nesse cantim!

Catulo
Enviado por Catulo em 17/03/2009
Reeditado em 24/08/2009
Código do texto: T1490838