RELIGIÕES ENGANADORAS
Leitor, este nosso mundo
De sofrimentos e dores
É cheio de falsos santos,
Grandes aproveitadores
Da dor do desavisado
A quem tão somente é dado
Sofrimento e dissabores.
As igrejas vão surgindo
À medida que alguém
Descobre que é um dos meios
Dos melhores que se tem
Para enriquecer depressa
De forma "lícita". Ora essa!
E sempre em nome do Bem.
E é usando o nome Santo
De Deus, o Nosso Senhor,
Que muita gente enriquece!
Em detrimento, que horror!
Da massa pobre e oprimida
Que tão somente da vida
Teve, como herança, a dor.
Aqui eu passo a falar
Da forma em si de agir
De grupos religiosos
Que têm por fim conseguir
Cada vez mais seguidores
Que devido as suas dores
São mais fáceis de extorquir
Com promessas absurdas
Como exemplo: a salvação
Do espírito e a cura
Dos males!... conseguirão,
Usando, indevidamente,
O nome de Deus Clemente,
Saciar sua ambição.
Ambição pelo poder
E por bens materiais
Que leva tão só o ser
A querer sempre ter mais!
Sem se importar com a dor
De um pobre irmão sofredor.
Tão só finge. E nada mais.
É assim, construindo templos
Espalhados pela Terra
Que algumas pessoas vivem
Sem o sentimento que encerra
A verdade, a fé e o Amor
A Deus o Nosso Senhor,
Numa ganância que aterra.
...
Roda, roda a sacolinha
Os obreiros do Senhor!
Roda, roda, recolhendo
Grande ou pequeno valor
Daquele povo sofrido
Que espera ter merecido
Assim, alívio pra dor.
Entregando a sua grana
À bandidagem canalha
Que usa Cristo de tema
E pelo mundo se espalha:
Aos incautos iludindo.
E, assim, subtraindo
O suor de quem trabalha.
Abrindo uma igreja aqui,
Logo vai ter capital
Para abrir uma outra ali,
Da primeira, filial.
E de repente, só vendo!
Vai crescendo, vai crescendo...
A bandidagem legal.
Os obreiros e obreiras
Cercam por todos os lados
As portas dos "santos" templos,
Como fiéis bons soldados:
-Dinheiro?!... Oh!... é ninharia!!
Estão cheios de alegria!"
Pois saíram do pecado.
Estão salvos!... E alegres
Trabalham para ajudar
Ao chefão que prometeu
Que salvos iriam estar.
Mas, mesmo assim, como herário,
Dez por cento do salário
Todos terão que ofertar.
Porém, pra eles é nada!
Ao fazer comparação
Com o futuro garantido
No Céu, tendo a salvação!
Pois a coitada da massa
Trabalharia de graça
Em prol da religião.
É assim! Os grandes chefes
Do Evangelho senhores!
Tal como nossos políticos,
Na mentira são doutores!
E a massa necessitada,
Espera deles, coitada!
Alívio pras suas dores.
Espera, quando morrer,
Ter, lá... no Céu! um lugar
Onde não há mais sofrer!
Pois com Jesus vão estar.
Mas, pra que tenha direito
A tudo isso, é o jeito
Com o dízimo ao Chefão pagar.
-Mas o dízimo é para a Igreja!
Para a Messe do Senhor!
Diz o Chefe. Nem gagueja!
Nem sua expressão mudou.
E o poder vai subindo,
Se expandindo. Evoluindo.
Conta do mundo, tomou.
Pois, não só dízimo, a sacola
Roda, roda, sem parar!
Como antes já falei,
Até os bolsos raspar
Dquele povo inocente,
Necessitado, carente,
Que a paz julgou encontrar.
De início há um "espia",
Contratado para tal,
Fazendo uma oferta gorda,
"Doando" um bom capital!
E as doações vão seguindo,
Com o valor diminuindo,
Mas todos doam, afinal.
Finda a primeira rodada
De um "assalto programado",
Cantam-se umas duas músicas,
Visando por animado
Àquele povo que ali
Veio tão só pra pedir
Perdão para os seus pecados
E pra pedir a Jesus,
O Senhor dos miseráveis,
Dos pobres, dos esquecidos
E das coisas insondáveis.
Mas, pro pedido chegar
A Jesus, têm que pagar
Somas inimagináveis.
Pois terão que desfazer-se
Das coisas materiais!
Alguns, já desesperados,
Às vezes rico demais!
Fazem tudo o que deseja
O Pastor da tal Igreja.
E dão somas colossais!
E é usando o expediente
De nominar o pecado
Como sendo "isso" ou "aquilo"!
Que esse bando desgraçado,
De quem muito tem, nem digo!
Mas... de um povo, meu amigo,
Que mal tem para um bocado...
Tira, a mais não poder!
Tira tudo! E ainda mais:
Entregando um envelope
Para todos os demais
Que não têm nenhum na hora.
E pros outros também, ora!
"Dinheiro nunca é demais!"
Assim, eles vão seguindo
Sempre a ludibriar
As pessoas que acreditam,
Que são fáceis de enganar,
Dizendo: - Venham e doem!
Para que Deus vos perdoem
É doar e acreditar!
E os coitados que carecem
De uma ilusão pra viver
Acreditam, cegamente,
Nas palavras desse ser
Que utiliza o Senhor,
Num belo "caô-caô",
Com arte, pra convencer.
Pois, bons malandros que são,
Muito bem se prepararam,
Estudando a Dialética,
Bons recursos engendraram.
Agora, é tão só usar
A palavra, e se fará
Da forma que eles pensaram.
Assim sendo será fácil
Convencer todos os lados
Da multidão que é formada
Por um bando de coitados.
Pois mesmo aqueles que têm
Muita grana, e que ali vêm,
É que estão desesperados.
É um povo que acredita
Que ali estará curado
Das tristezas, da miséria,
Das doenças, do pecado.
E o Chefão ainda diz:
-Aquele que a mim desdiz,
Será um excomungado!
-Não terá direito ao Céu,
Quem o dízimo não pagar!
Quem da coleta de Cristo
Não quiser participar,
De fato não tem juízo!
Pois, direito ao Paraíso,
Certamente, não terá.
-E imaginem se terá
O direito a qualquer cura
Uma pessoa que não
Tem nada a doar, é dura!
Será que no Céu terá,
Junto a Jesus, um lugar,
Essa infeliz criatura?!
-Não. A Igreja não nega
A tal pessoa o perdão
Dos seus pecados! Mas ela
Tem que fazer doação
Em forma de mão-de-obra
Já que ali tem de sobra,
Fazendo arrecadação.
E os desocupados ficam
Disponíveis toda hora
Como "obreiros do Senhor"
Por esse mundão afora:
Convencendo os indecisos,
Os bobocas sem juízo,
Os azarados - os caiporas.
Mas, rodando a sacolinha,
É onde trabalham mais:
Andando de um lado a outro
Para frente e para trás.
Até o último tostão
Que o "pecador", para o pão
Guardou! ele o subtrai.
E ainda grita o orador:
-Você aí!... lá atrás
Que esconde o seu na meia!
Amigo, isso não se faz!
Doe-o a Jesus, amigo!
Assim, evita o castigo
E ele dar-lhe-á mais.
E o coitado, acreditando
Que o tal homem advinha
Por ser mesmo um homem santo,
Diz: -Meu Deus, que sorte a minha
Pois além de ter pecado
Por omissão, um trocado
Não sobrou nem pra farinha.
Mas, se consolando, diz:
-Cristo é bom! Já perdoou.
Amanhã, se Deus quiser!
Ganho mais e, ao Senhor,
Venho dar minha parcela.
E, sem falta, vem. É ela
Um décimo do que ganhou.
E a sacolinha que
Roda, roda,... sem parar!
Ainda passa por ele
Induzindo-o a doar.
Ele, mais que agradecido
A Deus, não nega o pedido.
E liso torna a ficar.
E roda, roda, roda, roda,...
A sacola, só parando
Quando ninguém mais se mexe.
Porém, no final, lembrando:
-Não esqueçam de levar
O envelope pra botar,
Para Jesus vos salvar,
O valor que está faltando.
...
Lembro: -Querido leitor
Ouça a voz da razão!
Lembrando sempre que Deus
Ama ao seu fiel cristão:
Aquele que o coração
Mesquinheza não contém.
Arca do Amor e do Bem.
De Jesus, morada certa.
Esta é que é a correta!
Única estrada do Bem.
* Quem disse que para entrar no Céu será necessário que se pague?
Leitor, este nosso mundo
De sofrimentos e dores
É cheio de falsos santos,
Grandes aproveitadores
Da dor do desavisado
A quem tão somente é dado
Sofrimento e dissabores.
As igrejas vão surgindo
À medida que alguém
Descobre que é um dos meios
Dos melhores que se tem
Para enriquecer depressa
De forma "lícita". Ora essa!
E sempre em nome do Bem.
E é usando o nome Santo
De Deus, o Nosso Senhor,
Que muita gente enriquece!
Em detrimento, que horror!
Da massa pobre e oprimida
Que tão somente da vida
Teve, como herança, a dor.
Aqui eu passo a falar
Da forma em si de agir
De grupos religiosos
Que têm por fim conseguir
Cada vez mais seguidores
Que devido as suas dores
São mais fáceis de extorquir
Com promessas absurdas
Como exemplo: a salvação
Do espírito e a cura
Dos males!... conseguirão,
Usando, indevidamente,
O nome de Deus Clemente,
Saciar sua ambição.
Ambição pelo poder
E por bens materiais
Que leva tão só o ser
A querer sempre ter mais!
Sem se importar com a dor
De um pobre irmão sofredor.
Tão só finge. E nada mais.
É assim, construindo templos
Espalhados pela Terra
Que algumas pessoas vivem
Sem o sentimento que encerra
A verdade, a fé e o Amor
A Deus o Nosso Senhor,
Numa ganância que aterra.
...
Roda, roda a sacolinha
Os obreiros do Senhor!
Roda, roda, recolhendo
Grande ou pequeno valor
Daquele povo sofrido
Que espera ter merecido
Assim, alívio pra dor.
Entregando a sua grana
À bandidagem canalha
Que usa Cristo de tema
E pelo mundo se espalha:
Aos incautos iludindo.
E, assim, subtraindo
O suor de quem trabalha.
Abrindo uma igreja aqui,
Logo vai ter capital
Para abrir uma outra ali,
Da primeira, filial.
E de repente, só vendo!
Vai crescendo, vai crescendo...
A bandidagem legal.
Os obreiros e obreiras
Cercam por todos os lados
As portas dos "santos" templos,
Como fiéis bons soldados:
-Dinheiro?!... Oh!... é ninharia!!
Estão cheios de alegria!"
Pois saíram do pecado.
Estão salvos!... E alegres
Trabalham para ajudar
Ao chefão que prometeu
Que salvos iriam estar.
Mas, mesmo assim, como herário,
Dez por cento do salário
Todos terão que ofertar.
Porém, pra eles é nada!
Ao fazer comparação
Com o futuro garantido
No Céu, tendo a salvação!
Pois a coitada da massa
Trabalharia de graça
Em prol da religião.
É assim! Os grandes chefes
Do Evangelho senhores!
Tal como nossos políticos,
Na mentira são doutores!
E a massa necessitada,
Espera deles, coitada!
Alívio pras suas dores.
Espera, quando morrer,
Ter, lá... no Céu! um lugar
Onde não há mais sofrer!
Pois com Jesus vão estar.
Mas, pra que tenha direito
A tudo isso, é o jeito
Com o dízimo ao Chefão pagar.
-Mas o dízimo é para a Igreja!
Para a Messe do Senhor!
Diz o Chefe. Nem gagueja!
Nem sua expressão mudou.
E o poder vai subindo,
Se expandindo. Evoluindo.
Conta do mundo, tomou.
Pois, não só dízimo, a sacola
Roda, roda, sem parar!
Como antes já falei,
Até os bolsos raspar
Dquele povo inocente,
Necessitado, carente,
Que a paz julgou encontrar.
De início há um "espia",
Contratado para tal,
Fazendo uma oferta gorda,
"Doando" um bom capital!
E as doações vão seguindo,
Com o valor diminuindo,
Mas todos doam, afinal.
Finda a primeira rodada
De um "assalto programado",
Cantam-se umas duas músicas,
Visando por animado
Àquele povo que ali
Veio tão só pra pedir
Perdão para os seus pecados
E pra pedir a Jesus,
O Senhor dos miseráveis,
Dos pobres, dos esquecidos
E das coisas insondáveis.
Mas, pro pedido chegar
A Jesus, têm que pagar
Somas inimagináveis.
Pois terão que desfazer-se
Das coisas materiais!
Alguns, já desesperados,
Às vezes rico demais!
Fazem tudo o que deseja
O Pastor da tal Igreja.
E dão somas colossais!
E é usando o expediente
De nominar o pecado
Como sendo "isso" ou "aquilo"!
Que esse bando desgraçado,
De quem muito tem, nem digo!
Mas... de um povo, meu amigo,
Que mal tem para um bocado...
Tira, a mais não poder!
Tira tudo! E ainda mais:
Entregando um envelope
Para todos os demais
Que não têm nenhum na hora.
E pros outros também, ora!
"Dinheiro nunca é demais!"
Assim, eles vão seguindo
Sempre a ludibriar
As pessoas que acreditam,
Que são fáceis de enganar,
Dizendo: - Venham e doem!
Para que Deus vos perdoem
É doar e acreditar!
E os coitados que carecem
De uma ilusão pra viver
Acreditam, cegamente,
Nas palavras desse ser
Que utiliza o Senhor,
Num belo "caô-caô",
Com arte, pra convencer.
Pois, bons malandros que são,
Muito bem se prepararam,
Estudando a Dialética,
Bons recursos engendraram.
Agora, é tão só usar
A palavra, e se fará
Da forma que eles pensaram.
Assim sendo será fácil
Convencer todos os lados
Da multidão que é formada
Por um bando de coitados.
Pois mesmo aqueles que têm
Muita grana, e que ali vêm,
É que estão desesperados.
É um povo que acredita
Que ali estará curado
Das tristezas, da miséria,
Das doenças, do pecado.
E o Chefão ainda diz:
-Aquele que a mim desdiz,
Será um excomungado!
-Não terá direito ao Céu,
Quem o dízimo não pagar!
Quem da coleta de Cristo
Não quiser participar,
De fato não tem juízo!
Pois, direito ao Paraíso,
Certamente, não terá.
-E imaginem se terá
O direito a qualquer cura
Uma pessoa que não
Tem nada a doar, é dura!
Será que no Céu terá,
Junto a Jesus, um lugar,
Essa infeliz criatura?!
-Não. A Igreja não nega
A tal pessoa o perdão
Dos seus pecados! Mas ela
Tem que fazer doação
Em forma de mão-de-obra
Já que ali tem de sobra,
Fazendo arrecadação.
E os desocupados ficam
Disponíveis toda hora
Como "obreiros do Senhor"
Por esse mundão afora:
Convencendo os indecisos,
Os bobocas sem juízo,
Os azarados - os caiporas.
Mas, rodando a sacolinha,
É onde trabalham mais:
Andando de um lado a outro
Para frente e para trás.
Até o último tostão
Que o "pecador", para o pão
Guardou! ele o subtrai.
E ainda grita o orador:
-Você aí!... lá atrás
Que esconde o seu na meia!
Amigo, isso não se faz!
Doe-o a Jesus, amigo!
Assim, evita o castigo
E ele dar-lhe-á mais.
E o coitado, acreditando
Que o tal homem advinha
Por ser mesmo um homem santo,
Diz: -Meu Deus, que sorte a minha
Pois além de ter pecado
Por omissão, um trocado
Não sobrou nem pra farinha.
Mas, se consolando, diz:
-Cristo é bom! Já perdoou.
Amanhã, se Deus quiser!
Ganho mais e, ao Senhor,
Venho dar minha parcela.
E, sem falta, vem. É ela
Um décimo do que ganhou.
E a sacolinha que
Roda, roda,... sem parar!
Ainda passa por ele
Induzindo-o a doar.
Ele, mais que agradecido
A Deus, não nega o pedido.
E liso torna a ficar.
E roda, roda, roda, roda,...
A sacola, só parando
Quando ninguém mais se mexe.
Porém, no final, lembrando:
-Não esqueçam de levar
O envelope pra botar,
Para Jesus vos salvar,
O valor que está faltando.
...
Lembro: -Querido leitor
Ouça a voz da razão!
Lembrando sempre que Deus
Ama ao seu fiel cristão:
Aquele que o coração
Mesquinheza não contém.
Arca do Amor e do Bem.
De Jesus, morada certa.
Esta é que é a correta!
Única estrada do Bem.
* Quem disse que para entrar no Céu será necessário que se pague?
Lola Amadeu
Natal/RN