A ufuria despois da foto - dueto com Claraluna

Despois da foto

Pra Anja de Moçoró

Fiço serenata cum a lua

Cum a lua min dexô só

Qui fiquei sozin na rua

Tanto cordé eu fiz préla

Sem niuma resposta dela

É a verdadi nua e crua.

Tantas viagi vuei

Nos recanto do seu jardim

Mais a Anja num incrontei

Cuma tudo duia in mim

Min sintino na sulidão

Saí prêci mundão

Num sofrê de paçarim.

Fui atráis du’a sabiá

Qui fugiu aqui do recanto

Mais eu cumeçei a vuá

Percurano de canto a canto

Vuei pra in todo os lugá

A percura da sabiá

Qui tava min dexano in pranto.

Paçava dia vinha dia

E nada dela aparicê/

No finzin das minha aligria

Ela apariceu pra mim vê

Inquanto isso ao Pedrin

U’a já li xamava de primin/

Inté um incronto foi tê.

A Galêga sabeno diço

Já tava de cauzo cumigo

O pobrema era qui niço

O Pedrin é meu amigo

Intão ta esta questão

Dos pobrema das paixão

Cum isso agora eu intrigo!

As compricança xegô

Farta o Pedrin pra rezorvê

Parece qui sua língua cortô

Pois ele num qué aparicê.

Ni Caxuêra do Tapemirim

Axo qui se incronta Pedrin

Aprontano o maió auê.

A Pérola do Tapemirim

É uma peçoa delicada

Botano ela néça increnca

A coiza fica cumpricada

Já fiço inté um istudo

A curpa é só do mudo

Qui fêiz éça trapaiada.

Agora ta cumpricado

A galega ta min xamano

Mas a Anja ta inraivado

E fica só min xingano

Já a Galêga cum o Pedrin

Fica só nesse xarmin

E pur tráis ta se incrontano.

Eu num sei o qui fazê

Já num drumo cum a cunfuzão

É tanta muié pra mexê

Cum um homi só no salão

Despois qui troquei de futografia

Aí é qui ta uma ufuria

Das muié fazeno questão.

Bejão turma boa e apareça cumpadi Pedrin

A FOTO DA PAIXÃO

Cumpadi dispois da foto

Que ocê pois na iscrivaninha

As muié faiz inté voto

Pra ganhá uma saidinha

Cum esse galã garboso

Cum seus oclus aparicenti

Um cara assim chamoso

Deixa as muié cuntenti.

Mais ocê qui é u sultão

Moradô di Itanhém

Arrebata us coração

Aumentano seu harém.

A Anja di Mossoró

Andô mermo bem sumida

E ocê qui tava só

Saiu dano iscapulida.

A Mira tava im Minas

Num era sua sabiá

Mais ocê i otras mininas

Tava sempre a si incontrá.

Mais agora só são trêis

Qui nóis já sabi quem é

Ocê vê uma pur méis

Todas são boas muié.

O Pedrim, Boto do mar

Só fala Ca Rosemeri

Mudô inté u puetár

U que eu digu ocê cunferi.

Pra Mira num deu resposta

Cum ela num qué cunversa

Dela eli já num gosta?

Isqueceu suas prumessa?

A Rosemeri é uma graça

É nossa Flor de ternura

Seu nomi taqui na praça

Purqui é anju di ternura.

O Quati saiu de cena

Num qué mais participá,

Deixei cunvite na arena

Prifiriu ignorá.

É pur issu qui o Sextetu

Só conta cum dois varão

Oceis são nosso amuletu

Bendito fruto oceis são.

O Boto e Airan Ribeiru

Os dois homi do Sextetu

São os nossu cumpanheiru

Pra alegrá esse coretu.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 20/02/2009
Reeditado em 20/02/2009
Código do texto: T1449640