Rose Iara e Boto Trovador
(Hull de La Fuente)


Um texto a partir do Encontro da
Rose Tunala e do Pedrinho Goltara,
parceiros do Sexteto, lá Em Vila Velha.



 
Gostei muito desse encontro
Do Boto com a Rose Iara
Pro próximo tudo está pronto
Não tem ninguém que não encara.
Lamento pelos retratos
Ficaram todos tremidos
Fiquei pensando no fato
É disfarce pra marido?
 
Rosemeri tão lindinha
No vestido preto e branco
Parecia uma rainha
Perfil decidido e franco.
O meu Boto Trovador
De malheta amarela
Com sua pose de doutor
Não tirava os olhos dela.
 
Dava pra ver a alegria
Em torno daquela mesa
O sentimento fluía
Foi um encontro de beleza.
Tomara que outros venham
Que tal em terras paulistas?
Que pretextos não os detenham
As desculpas dão na vista.
 
Eu já conheço o Airam
E também conheço a Milla
Com minha querida irmã
Já vai aumentando a fila.
O Pedrinho e o Quati
Junto com a Rose Iara
Vão se reunir ali
Num hotel em Jabaquara.
 
Mas onde é Jabaquara?
Eu escrevi, mas não sei.
É perto de Araraquara?
Será certo o que falei?
Milla venha em meu socorro
Com o mapa do estado
O Plano faça de novo
Pra o encontro tão sonhado.
 
 

Cumpádi Airam Ribeiro tá chegâno: 


Inté Cabráu já dizia
Condo vêi de Purtugá
Estas terra da Baia
As aligria mora lá
Digo a vossa majestade
Qui lá tem filicidade
É só ir pra cunfirmá.

O Pêro Vaiz de Caminha
Garanto num mintiu não
Aqui tem u’as coizinha
Qui incanta os coração
Aqui tem festa o ano intêro
Os trabáio aqui é manêro
Qui da inté falação.

O Brazí naceu na Baia
Todos sabi déça lição.
Carnavau é trezentos dia
O resto é para Son Juão
Só discansa no natá
Pruquê o baiano vai rezá
Pra nun trabaiá tanto não.

Baziado nisso intão
É qui iscrevo para o Pedrin
O meu quirido irmão
E para a Pérola do Tapemirim
Qui aqui ocêis pode xegá
Para aqui nóis se incrontá
Qui é maismió ancim.

Mais pensano bem ancim/
 O nóço incronto pode inté cê
Ni Caxuêro do Tapemirim
Eu digo ocêis pode crê
Qui la perto já mora o Pedrin
Qui tomém o Quati é vizim
 E todos queremos vê.

O Setiteto qué se incrontá
Agora qui Mira Ira xegô
A Clara e a Milla vai lá
Axu qui todos já pogramô
Ni corqué canto vai aligria
Se ni Vitóra ou na Bahia
Capitá de Son Sarvadô.
 
Se ni Sun Pálo ou ni Brazia
Cazu seji ni Gidifóra
Pur mim pode cê na Bahia
Ô se perferí ni Vitóra
É meu sõin vê o setiteto
Rimá e cantá no coreto
Vivo sõiano quéça óra!
Bejão e saudi procê irmã Clara.
(Airam Ribeiro)


***Maninha, já subi as participassão procê***


(Tô chegâno por Cordé)

Minha mana, eu não conheço
Onde fica o Jabaquara
No Isprito Santo, desço
Porém ali ninguém pára
Deve ser algum lugar
Que o Bôto não quer falar
E a verdade não encara.
 
Eu também fiquei contente
Com o encontro dos dois.
E o nosso – tão somente
Deixaremos pra depois
Que você estiver boa
Nós iremos rir à toa
Nesse encontro, ora pois!
 
Eu e você já tivemos
A alegria de estar
Frente a frente, merecemos
A felicidade achar.
E dessa grande amizade
Nasceu a nossa irmandade
Que pra sempre irá durar!
(Milla Pereira)

 
 


 Cordelistas afinados
ficam só de prontidão
quando chegam os chamados
logo correm pro feirão!...
 
Beijos de Celina Figueiredo
 
 
***
 
 
Tô chegandu inda agora,
nem cunsigu aquirditá;
u danadu du meu Boto
tá incrinandu u seu oiá.
 
Bem qui ieu tinha percebidu,
qui eli tava sumidão;
pur causa dessa tar "Pérola"
disviô a atenção.
 
Mai ieu nem võ ficá braba,
vô ficá é liviada,
pur conta di um novu consórti.
Ieu já tô infeitiçada.
vô partí pra minha istrada,
im direção ao meu norti.
 
Vô pará lá na Bahia
í di lá num saiu não.
É u pueta Airam Riberu,
donu dus meus pesadêlu
i tomem du meu coração.
 
hihihi (Vingança!! è nóis na fita baianu, amordimailaifi).


Mira Ira
 
 
***
 

O leitô é tistimunha
Da ciumêra ixistenti
O Pedrim rueu a unha
Dexô genti disconteti.
Inda beim qui as puetisa
São duas muié formosa
Uma tem chêro de brisa
A outra é pura rosa.
 
(Hull de La Fuente)

 

 ***

 
Pedrinho O Boto

Eu aqui venho afirmar
Que o encontro foi bem legal
Era só felicidade
Nesse dia especial
O Boto bem disfarçado
Num careca sem igual!
 
Às vezes ficava confuso
Era o Boto ou só Pedrinho?
Parecia que aquela pizza
Tinha gosto de peixinho
Ouvia uma voz ordenando:
"Fecha logo esse biquinho!"
 
Mesmo estando fora d'água
Eu ficava encantado
Olhando aquela lindeza
De sorriso adocicado
Pensava em voltar pro rio
Com ela bem abraçado!
 
Mas, o marido da poetisa
Formado em zootecnia
E sabedor do encontro
Que em Vila Velha haveria
Mandou um recado pro Boto
Pra ele não fazer estripulia!
 
Assim, com todos sabendo
Sobre o Boto e prima Iara
Com amizade consistente
Que no Recanto se declara
Tendo orgulho do Sexteto
Rose Rose e Cravo Goltara!
 
Pedrinho Goltara
 



Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 18/02/2009
Reeditado em 19/02/2009
Código do texto: T1445974
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