ROSE VÊ UM BOTO EM VILA VELHA

Você viu tanta alegria

No meu rosto estampada

Já estava demorando

Essa visita abençoada

O Boto, com a prima Iara

Numa tarde ensolarada!

Todo tempo eu precisei

Ficar só como Pedrinho

Um boto bem disfarçado

E também comportadinho

Só errei naquela hora

Que falei "peixe fritinho" !

Sua filha, linda Aline

Com minha família também

Decidiram pela "pizza"

Eu, na hora, disse "Amém"

Sendo o peixe esquecido

Não fui visto por ninguém!

Pedrinho surgiu montado

No seu jegue tão velhinho

Mostrou todos da família

Da qual ele é o bonitinho

Por pouco, não se encantou

Quem lhe dá tanto carinho!

Na Glória, o desembarque

Naquela mesa, só a prosa

Uma flor vendo espinho

Um cravo vendo só rosa

Tentava escrever algo

Ouvindo a voz graciosa!

Algumas horas passadas

Em tão bela companhia

Eu falava tanto e tanto

Minha língua até doía

Poetisa, olhando meu "bico"

Na hora que eu me distraía!

Peço desculpas, minha Iara,

Por não ter sido tão cordial

Se alguém me visse "Boto"

Poderia pensar até mal

Achando ser um disfarce

Nesse tempo de Carnaval!

Agora já estou voltando

Pro meu habitat natural

Plante as mudas de ingá

Que ganhou naquele quintal

No futuro, bem mais sombras

Pro Boto e o outro animal!!!

Rsrsrsrsrsrsrs...

Prima, todos aqui amaram conhecer você. Beijos do seu primo Pedrinho Goltara.

**********************************

O BOTO E A IARA... O Encontro

Pedi licença à sereia

Naveguei mar rumo norte

Com poesia na veia,

Alegria , o passaporte.

Em Vila Velha, na areia

Fui parar, eu tive sorte.

Logo me surge um jeguim

E nele um boto montado,

Disfarçado de Pedrim

Com um olhar encantado.

Disse mil coisas pra mim

Sorriso pra todo lado.

Conheci sua família,

Tudo gente muito boa.

E foi uma maravilha,

Fiquei mesmo rindo a toa

Agradou até minha filha,

O Pedrim com sua loa.

Em pizza tudo se acaba

Aqui no nosso Brasil

E na terra capixaba

Onde céu é tão anil,

A alegria desaba

Numa amizade gentil.

Uma coisa eu vou dizer,

O boto é cor de rosa,

Ele não pode esconder

Na calvície graciosa

Eu pude bem perceber.

Esse boto é muito prosa.

Sua filha uma princesa,

Sempre nos lábios um sorriso,

Um show de delicadeza,

Me senti num paraíso.

Até Aline na mesa

Se soltou em belos risos.

Seu filho tão educado

Deixa o pai tão orgulhoso

E todos ficam encantados

Por esse filho amoroso

Sendo assim tão bem amado

Num lar bem harmonioso.

Agora eu vou falar

É de uma bela morena

Que o boto foi encantar

À luz da lua serena.

É do trânsito parar,

Tão linda quanto açucena.

Eu fiquei muito feliz

Vivendo esse lindo dia,

Trazendo nossa Raiz

Para os versos da poesia.

Desse encontro eu peço bis,

Mas quero lá na Bahia.

Rosemere Tunala.

Pedrinho Goltara
Enviado por Pedrinho Goltara em 14/02/2009
Reeditado em 16/02/2009
Código do texto: T1439175