Coisas que inventei de inventar

Inventei de inventar um invento

Certo que seria estrela

Não passei de ser jumento

inventei um tal de ficar

Era só agarra agarra

Era só se esfregar

O invento foi tão bom

Que danei-me a inventar

E inventei o tal do namorar

No namoro era melhor

Era mais que agarra agarra

Era mais que esfregar

O que queria podia

Só carecia lhe falar

Foi o melhor invento

Que inventei de inventar

Não me dei por satisfeito

Inventei de me casar

Acabou-se a liberdade

Junto com felicidade

Comecei a me lascar

Hoje triste e infeliz

Intriguei-me do juiz

Que ajudou me condenar

Também não falo as testimunhas

Pois se fossem meus amigos

Eles também não tavam lá

Se culpado já paguei

Mas se a culpa for do padre

Ele também vai me pagar

Dos inventos que inventei

Entre eles este é o rei

No pior do inventar.

Galdencio

Poeta Galdencio Neto
Enviado por Poeta Galdencio Neto em 10/02/2009
Código do texto: T1432428