Feridas doídas,Feridas curadas,feridas sentidas,feridas vividas

Não sei escrever um cordel

Mesmo que tenha um anel

Para enfeitar minhas rimas

Carrego nos meus versos

Um pouco da alma menina

Perdida em meus pensamentos

Não quero cantar meu lamento.

As feridas tornaram-se amigas cicatrizes

E quando as esqueço perdidas

Elas voltam como loucas meretrizes

Não entendem que foram banidas

Da vida minha, minha vida

E retorcem meu interior

E caio por terra esquecida

Ah! Ferida bandida.

Elas voltam uma após a outra como flor de maio

A arder em minha carne

A transpassar como um raio

A corroer-me como doida

Assassina de prazeres

A rir de meu calvário

Ah! Insana ferida bandida

Na escola da insensata vida

Fez-me sentir dores colossais

Por tantas vezes acreditei que estavas sumida

E voltaste como dores sobrenaturais

Insana e perversa

Eternas feridas abertas

A não ouvir os meus ais.

Ah!Horrível ferida bandida

Que viraram seres a esconder o cantar

A retirar meus prazeres

A não deixar-me voar

Criaram tal fúria

Que esqueci meus deveres

Por horas até enxerguei

Teus olhos de cor purpúrea

Ah!Adorável ferida bandida

sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 27/12/2008
Código do texto: T1355692
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