O INICIO DE TUDO


Nascer é uma façanha,
De ser um, entre bilhões,
Direito entre razões,
Da sorte, o troféu ganha.
Se não chora, ainda apanha,
É o choque de estar vivo,
Provar que está ativo.
Da vida é um presente,
A família está contente,
Na certa, um bom motivo!

O sentido do olfato,
Entra em cena rapidamente,
O bebe já usa a mente,
E a mãozinha pro tato.
Isso logo após o parto,
Natural e compreensivo,
Automático e decisivo.
Pra ele conveniente,
A família está contente,
Na certa, um bom motivo!

O instinto, outra vez em cena,
Liga o sinal de alerta,
Com uma mensagem certa,
Em um grito que já dá pena.
A mãe, um tanto serena,
Com seu lácteo nutritivo,
Já tem um cliente cativo.
Acalenta o docemente,
A família está contente,
Na certa, um bom motivo!

Depois da barriga cheia,
O sono se manifesta,
O anjinho faz a festa,
À espera da próxima ceia.
De toca, luva e meia,
Atributos preventivos,
pra afastar o nocivo.
Na fase do amor ardente,
A família está contente,
Na certa, um bom motivo!


Essa fase logo passa,
Decorrência da infância,
O tempo, na sua distância,
A dependência repassa.
Das brincadeiras na praça,
Das brigas e corretivos,
Vai se formando o arquivo.
Ampliando-se a corrente,
A família está contente,
Na certa, um bom motivo!