Esse tal de computador
que nos faz perder a cabeça
por vezes nos leva à loucura,
e antes que isso aconteça
vou dar um nó na interface
e acabar sua safadeza
Ele quer nos enlouquecer
com tanto nome esquisito
misturando fileratings
entre outros nomes bonitos,
fiquei todo embaralhado
com os mistérios do dito
Esse internet explorer
entra por nosso ouvido
e passeia na search web
feito um bicho atrevido
mas se treme toda se vírus
quer dar uma de sabido
Tem upload files, link,
speedbit e spyware
blog, e-mail, arquivo,
e um tal de software,
se calhar também vai ter
a placa-mãe do Mané
Assim é muito difícil
prá qualquer um aprender
a usar essa maquininha,
osso duro de mexer,
mas se tudo é computado
me diga: como vai ser?
Direto no computador,
no futuro um só olhar
talvez assim vai ser,
fará o "monstro"falar,
sem precisar energia
e nem fio prá ligar
Mas tanta esquisitice
não me impede de usar
o tal do computador,
o resto deixo prá lá
pois se quero escrever
basta nele digitar
Não quero mais reclamar
desse cérebro cibernético
pois sem ele que faria?
Eu ficaria apoplético
sem saber onde esbaldar
o grito do meu intelecto
Imagine esse cordel
na memória escondido
fadado a desaparecer
ficar logo esquecido
mas foi neste computador
que ficou todo metido
Assim, embora estranho
esse mundo tecnológico
tornou fácil nossa vida
no toque fisiológico
amarrou as pontas com nós
num tique radiológico
Por isso misturo tanto
enquanto vou digitando
as palavras vão voando
eu atento matutando
e as rimas qu'eu procuro
vou ligeiro encontrando
Mas num me diga que é fácil
entender esse monstrengo
pois vive cheio de mistério
dondoca doce com dengo
meter-se a besta com ele
é muita falta de bom senso
Gente, no mundo de hoje
sem ele não dá pra viver
eita troço necessário
para mim, pra nós, pra você
quem não tiver computador
no futuro só vai sofrer
Ele parece bebida
em tudo está metido
hoje coisas se resolvem
só num click decidido
basta acessar a tal coisa
e, clicando, tá resolvido
Corre, depressa, pegue o seu
pois no Google tem de tudo
no Mozilla Firefox
e uns outros a que não aludo
você abre o universo
e descortina o absurdo