DO SERTÃO INCORPORE A SUA ALMA/E HABITE NO CHÃO QUE O GADO MORA...
(Mote: Beranildo Lucena)
Das quebradas onde nasci, guardo comigo,
Lembranças dos bons tempos que marcaram
No meu peito, sem querer, se eternizaram
E até hoje, insistentes fazem abrigo...
Já fiz de tudo, esquecer eu não consigo!
Enquanto penso, a nostalgia me devora
Quisera eu, voltar aos idos de outrora..
E reviver esse ditado que me acalma:
“Do sertão incorpore a sua alma,
E habite no chão que o gado mora...”
Quando ouço o aboio d’um vaqueiro
Cantando em verso as nuances do sertão
Escorrem lágrimas, me aperta o coração
Quantas saudades de meu povo hospitaleiro!
Apesar de não estar no estrangeiro,
O sentimento de tristeza me apavora
Pois, distante do torrão a dor aflora!
Fica a verdade a martelar a minha calma:
“Do sertão incorpore a sua alma,
E habite no chão que o gado mora...”
Lindoval Rodrigues Leal
Porto Velho-RO – 18/11/2008
lealrodrigues@hotmail.com