É A GRANDEZA DE DEUS ONIPOTENTE...
É lição nesta vida o formigueiro
Compenetrado na luta e no trabalho
Na tarefa não tem um ato falho
Seu labor é intenso e prazenteiro
Motivado não é pelo dinheiro
O segredo está na robusteza
União, parcimônia e destreza
E ao líder manter-se obediente
A grandeza de Deus onipotente
Demonstrada na santa natureza
Abre a boca vermelha o vulcão
E as entranhas expulsa para o ar
Sua ira ninguém pode aplacar
Nem deter a cruel destruição
Minerais a ferver na combustão
Queima tudo ao redor com tal bruteza
Mas após esfriar traz a beleza
Fertiliza a terra ricamente
É a grandeza de Deus onipotente
Demonstrada na santa natureza
Os pássaros se abrigam nos seus ninhos
Quando o manto da noite cobre os campos
Sob a luz de milhões de pirilampos
Só se ouve o coro dos sapinhos
O zum zum de insistentes mosquitinhos
E morcego que suga sua presa
O tatu cava a terra com destreza
A coruja vai à caça diligente...
É a grandeza de Deus onipotente
Demonstrada na santa natureza
Nas cavernas repletas de segredos
Vem de cima as estalactites
Do chão sobem as estalagmites
Saliências que brotam feito dedos
Esculturas nos ventres dos penedos
Faz-me ver que autor dessa beleza
O que é rude transforma com leveza
Numa obra de arte simplesmente
É a grandeza de Deus Onipotente
Demonstrada na santa natureza
Mote: Carlos Aires
Glosa: Luciene Soares