O encontro de Maria batalhão com o baixinho comedor.

O encontro de Maria batalhão com o baixinho comedor.

Autor: Daniel Fiúza

12/03/2002

Uma mulher no nordeste

Que o mundo conheceu

foi Maria batalhão

Pra todo mundo ela deu

Ninguém lhe satisfazia,

pois trepava noite e dia

Foi disso que ela morreu.

Era uma linda mulher

Encantou todo o sertão

Nasceu para esse karma

Vivia da prostituição

Todos queriam comer

Ela dava com prazer

Sem ter sua satisfação.

Quando mais ela gozava

mais queria trepar mais

Podia ser vinte homens

Velho, menino ou rapaz

encarava todo mundo

Chico, João ou Edmundo

Nunca achava demais.

Também vivia por lá

O baixinho comedor

Cabra que comia todas

Não tinha o menos pudor

moça, Viúva ou casada

Comia dando risada

Era um macho de valor.

A casada que era virgem

Foi quem a descabaçou

antes do dia marcado

Quebrando coco treinou

Falaram foi uns quarenta

O povo às vezes aumenta

Eu só não sei quem contou.

Ele nunca negou fogo

Ninguém ficou na saudade

Mulher que ele comeu

Ficou feliz de verdade

Com o olho fosco virado

Antes dele ter gozado

Morria de felicidade.

Ninguém sabe se é lenda

Ou se foi um fato então

O encontro do baixinho

Com Maria batalhão

Conta-se de boca-a-boca

O encontro daquela louca

Com o baixinho garanhão.

Pras bandas do ceará

lá em Quixeramobim

Onde o encontro se deu

Da bela com o baixim

Quem viu conta abismado

A história do tarado

Do começo até o fim.

Foi no chatô da Salete

No bairro da putaria

os dois entraram no quarto

Pra sair não tinha dia

Quem pedisse pra parar

Depois de muito gozar

Aquela aposta perdia.

Já fazia mais de um mês

Que o casal tava transando

Trancados naquele quarto

E a multidão aumentando

Depois dos gritos a calma

E o povo batendo palma

Somente alguns vaiando.

Um dizia que o baixinho

Dali não saia andando

Outro falava o contrário

E nele iam apostando

Mas ninguém tinha razão

Se o baixim ou a batalhão

Sairiam vivos falando.

Redes de televisão

Davam grande cobertura

tipo a casa dos artistas

Só que sem muita frescura

Vários países transmitindo

O mundo inteiro assistindo

E vendo a nossa fartura.

Eles ficaram três meses

Sem nenhum pedir pinico

Tinha gente acampada

Tinha pobre tinha rico

virou um grande bordel

Casais trepando ao léu

Inspirados no nanico.

Mulheres que lá estavam

Também tinham seu tesão

Querendo se parecer

com a Maria batalhão

Apostava com o parceiro

Quem se cansava primeiro

Trepando Na multidão.

Fez um grande silêncio

Depois se ouviu um grito

disse Maria batalhão

Pára tudo seu maldito

Não agüento mais trepar

Já não posso nem andar

Tá ardendo meu priquito.

Chamaram uma ambulância

Maria saiu carregada

Mas com sorriso no rosto

Com cara de bem amada

Ainda flertou com polícia

Piscou o olho com malícia

Na hora que foi filmada.

Depois que Maria saiu

O baixim apareceu

Tinha perdido dez quilos

Parecia que encolheu

Mas apareceu andando

E o povo foi aclamando

A vitória que mereceu.

Domfiuza
Enviado por Domfiuza em 12/03/2006
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