LARISSA - ONÇA CASTANHA

No alto do mundo eu via

Além do astro solar

Algo mais a irradiar

A luz que dá cor ao dia.

Daquele cume emergia

Uma beleza que assanha

De uma onça castanha

Vestindo pele de fêmea

E que se mostrava gêmea

D’um fulgor cheio de manha

Mas com um olhar perdido

No infinito profundo

Tratava igual todo mundo

Congestionando o cupido

Que num ato desmedido

Tomou sua decisão.

Justo aquele coração

Caberia ao improviso

Que da musa um sorriso

Gerasse por gratidão

E enquanto eu a olhava

No topo do universo

E escrevia este verso

Notei qu’ela me sorria

Com uma tal alegria

Que o momento parou

E o tempo desandou

Caindo fora da linha

Pois ela seria minha

Assim como dela eu sou!