Mais qui percupança cum a urtografia, tira acento, num bota acento!

Eu quiria da um avizu

Pra módi dizê a ocêis

Qui num ci percupa não

Cum a iscrita caipirêis

Nela ninguém mexeu

O cabocu qui iscreveu

Foi para sempi du’a vêiz.

O linguajá matuto

Nois ci fala cum aligria

No matu num ci percupa

Em mexê na urtografia

Podi acentuá a vontadi

Acentu é bom pras idadi

Nos cançasso do dia a dia.

Inté o chapeuzin nu é

Quando ci qué fala ê

Podi botá eli adonde

Sua preferença querê

Cunformi ocê vai falá

É qui tem du acento botá

A sabiduria ta ni ocê.

No mato num tem dicreto

Ninguém perciza assiná

Tiago lá é cum t mais i

Num perciza t mais h

Everaldo é cum é

Da moda cocê quizé

Ninguém vai li xingá.

Percupança danada

Nas moda de iscrevê!

Cadê qui os bandido

Elis num manda prendê

Ninguém comi português

Eu fico é cum meu caipirêiz

Qui foi o que fui aprendê.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 30/09/2008
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T1204051