DO JEITO QUE ESTOU CANTANDO
O meu repente pesado
Vate ruim não suporta
Deixo sua rima torta
E bato por todo lado
O cabra desesperado
Pede clemência chorando
A surra que está levando
Faz a platéia vibrar
VOCÊ NUNCA VAI CANTAR
DO JEITO QUE ESTOU CANTANDO
Para desbancar meu nome
Sei que não tem competência
Faltoso de inteligência
Muito capim você come
E assim que mata a fome
Logo fica ruminando
Chega aqui relinchando
Pensando que isso é versar
VOCÊ NUNCA VAI CANTAR
DO JEITO QUE ESTOU CANTANDO
Eu canto os grandes rios
E também canto os mares
O brilho de mil luares
Canto os ventos bravios
Açoitando os navios
Canto a manhã despontando
Canto a flor desabrochando
Corra se não agüentar
VOCÊ NUNCA VAI CANTAR
DO JEITO QUE ESTOU CANTANDO
Sou rainha do parnaso
Outro aqui não tem vez
Desmancho tudo o que fez
Com o seu verso arraso
Sua fama vai pro ocaso
Eu aqui fico reinando
E você me bajulando
Com medo de apanhar
VOCÊ NUNCA VAI CANTAR
DO JEITO QUE ESTOU CANTANDO
Mote: ?
Glosa: Luciene Soares