Sô matuto sim sinhô!

Sô matuto sim sinhô

Sô matuto sim sinhô

O orgúio é minha defesa

Cum os meu cálo nas mão

Boto de cumê ni sua mesa

Sô ômi arrespeitiadô

Em todo canto cotô

Num gosto de safadeza.

Minha paióça é umilde

Vévi eu e minha muié

Nela cê pode intrá

Cum os sapato nos pé

Eu perfiro o cê umano

Do qui o xão alumiano

Du’a casa rica sem fé.

Já fui in certa casa

E prezenciei um fato

Pois modi eu intrá nela

Tive qui tirá o sapato

Sô matuto min dentifico

Num vô mais ni casa de rico

Pra nun te êcis mau trato.

Outra coiza qui notei

É a farta de atenção

Os rico nun qué mutio papo

Pru móde das tulevizão

Fica só oiano as zóra

Quereno cocê vai cimbóra

Prumóde as nuvela intão.

Digo pruquê notei

Mermo in genti da famia

Qui nun sentino bem cá vizita

Quano fui ni sua casa um dia

A nuvela é o preferênciá

Do que uma cunversa informá

Di cuntenti e de aligria.

Pur iço qui num min saio

Da paióça do meu lugá

Se ocê querê vem um dia

Pra módi min vizitá

A preferença será ocê

Pode vim cocê vai vê

O qui istô a li falá.

A minha cara é de aligria

Num tem fingimento não

Iço eu falo e pode crê

Qui falo de coração

Aqui num ando assustado

Vô pra quarqué lado

Sem niuma percupação.

Minha casa é de cabôco

Cê xegano pode intrá

Lá num tem campainha

Bate a palma pra alarmá

Qui ta xegano gente

Aí intão de cuntenti

Abro a porta procê intrá.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 18/09/2008
Reeditado em 18/09/2008
Código do texto: T1184702