Cordel de Cearês.
Autor: Daniel Fiúza
13/05/2003
Abirobado é maluco
Acochou, tá apertando!
Ande tonha! É transar
Aloprado e bem dotado
Altear, aumenta o som!
Impriquitado é o bom
Arre égua! É admirado.
Viver junto é amancebado
Arriou barro, cagou!
Arenga é provocação
Abraçando cê abarcou
Quem aporrinha irrita
Se arremedar imita
Deu a volta arrudiou.
Regador é aguador
Doente tá baleado
Baixinho é batoré
Chei dos paus, é embriagado!
Quem é doido tá biró
O idiota é bocoió
O sem sorte tá pebado.
Nervoso é aperreado
Bater fofo é dá furo
Bandola e um dos lados
Jogar no mato é monturo
Dá brecha mostra à calcinha
Piriquita é bacurinha
Maior breu é muito escuro.
Enredeiro é dedo duro
Mal feito é danação
Dordói é terçol no olho
Visagem é assombração
Cambito é perna fina
A privada é uma sentina
Inquietude é frivião.
Bunda suja é pobretão
Pão francês é carioquinha
Mulher puta é quenga
Gostar é comer farinha
Solteirona é caritó
Muito frouxo é foló
A simpatia é mezinha.
Ata é o mesmo que pinha
Está triste é jururu
Tiara é gigolete
Papa de milho é angú
Levar pisa é apanhar
Estruir é estragar
Gente feia é jaburu.
Confusão é sururu
Garapeiro é oportunista
Marmota é esquisitice
Pai dégua é como artista
Nas brenhas é escondido
Não escuta é maluvido
Caloteiro é chechista.
Bilheteiro é cambista
Xarope é lambedor
Lapa é coisa grande
De bobeira é flozô
Ingiado é enrugado
Encolhido é encriciado
Se enganar, engabelou.
Olhando fixo, grelou!
Filho é mesmo que fela
Tornozelo é mocotó
Quem toma pinga se mela
Meter a peia é surrar
Fazer cocô é obrar
Bunda é o mesmo que tela.