01 - Cordel acrosticado - Pruque os soin são meu ninguem róba nem tira

P ois é, onti eu tava soiãno

R ino inté cum gargaiada

U vino os canto dos paçáro

Qui se ôvi nas arvorada

U m soinzin mutio bunito

E m aligrias cantada.

O cê tava no sõin

S oiãno ocê inté min falô

S aiamo lá pro jardim

O nde tem mutias fulô

I nda no sõin cê min disse

N óis dois vai vivê o amô.

S aímo pra dar ôtras vorta

A gora já in ôtro lugá

O rdenado por u’a vontade

M ode nóis dois se amá

E nfim sozin nóis tava

U nidos destráis du currá.

N os meu braço ocê caiu

I de bêjo nóis só vivia

N inguém tava ali pra vê

G ente ali nóis num quiria

U s abraço qui eu te dava

E os bêjos qui eu te bejava

M ió dalí num ezistia.

R astejamo pelos capim

O nde nóis tava deitiado

B ebeno a saliva dos bêjo

A mano e seno amado

N um quiriamos perdê o tempo

Em vorta de nóis só o vento

M oveno as fôia do lado.

T ava lá só nós dois

I as coiza cunticeno.

Réiva danada eu fiquei

A cordei, tô li dizeno.

Ô réiva!!!!!!!!!!!!!!

Da série: O Matuto paxonado

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 29/07/2008
Reeditado em 02/08/2008
Código do texto: T1102433