Que merda meu!
Autor: Daniel Fiúza
27/01/2004
O uso do vocábulo MERDA é uma questão de educação. Ninguém pode negar que o utilizamos para múltiplas circunstâncias Relacionadas com muitíssimas coisas. Por exemplo:
Se te digo vá à merda
Mando praquele lugar
Você só vai se quiser
Se quiser fique por lá
Mas se de merda te chamo
Na qualidade que clamo
Por baixo cê vai ficar.
E se você for um cético
Na merda não acredita
em tudo que te mostrar
Será a merda maldita
Se te faço virar merda
Nesse desejo que herda
Seu ódio nunca evita.
Dizer que cê é um merda
Não é caso de acidente
A culpa é toda sua
até sendo meu parente
Não vejo merda nenhuma
Mesmo tendo uma ruma
Num local bem aparente.
Isso ta cheirando a merda
É sensação olfativa
Quando vai dar confusão
Numa merda intuitiva
Mas que merda será isso?
Sem querer ter compromisso
No fumaçê da sativa.
Quando dou uma topada
- Que merda! Eu logo falo
Eu falo merda de novo
Se pisarem no meu calo
Sensação degustativa
O gosto da merda viva
Na dor do dedo que ralo.
No ato da impotência
Esta merda está mole
desmaiada, quase morta,
Inoperante não bole
Tudo fica uma merda
A potência fica lerda
Encolhida feito um fole.
Quando se está na merda
Citando o urubu macho
Aquele que tá por cima
Tá cagando no de baixo
Essa é a hierarquia
Pra mim parece anarquia
Entre patrão e capacho.
Se você pisar na merda
Atolando o pé inteiro
Vai deixar pela calçada
Sua pegada e o cheiro
As marca do seu azar
Pra você não mais pisar,
Pois merda não é dinheiro.
Que merda! Perdi a hora
Tô um pouco atrasado
Tenho que ir pro banheiro
Estou é muito apertado
Merda de despertador
Nem sei porque não tocou
Fiquei na merda enrolado.
Que merda Meu!