"CAI A CHUVA NO COLO DO ROÇADO GERMINANDO O PENDÃO DA ESPERANÇA"...
(Mote:Vanilson de Souza Silva)
Quando a seca castiga o seio do sertão
E o sol cáustico, queima a face do nativo,
Que olha o céu, e com semblante pensativo,
Implora a Deus, que mande água no torrão.
E faz promessa, entra em jejum e oração,
E a alma sofre na espera da mudança,
Fica feliz como se fosse uma criança,
Olhando os pingos da janela, debruçado,
Cai a chuva no colo do roçado
Germinando o pendão da esperança...
E vem o verde, vem fartura, certamente!
Apronta a roça, agradecendo a São José,
E faz novena, e organiza um “rasta-pé”,
Chama os amigos pra sorver uma aguardente!
A alegria está de volta novamente!
Anunciando novos tempos de bonança,
Pois com inverno, a vida ali é uma festança!
E o sertanejo fica todo alvoroçado,
Cai a chuva no colo do roçado
Germinando o pendão da esperança...
(Mote:Vanilson de Souza Silva)
Autor: Lindoval Rodrigues Leal
Porto Velho-RO 14/06/2008