DOM QUIXOTE EM CORDEL
Uma oficina de construção de texto em cordel com educandos da EJA
– Escola Municipal João Mendonça, 05 de maio de 2008 –
Teixeira de Freitas - Bahia
Vou contar uma estória
de um cabra bem aluado
que dentro de sua memória
viajou prá todo lado,
com seu escudeiro Sancho,
um amigo abençoado,
além do fiel rompante,
chamado aqui Rocinante,
cavalo bem adestrado.
Bem, agora vou dizer,
igual Cervantes falou,
Quixote tinha uma lança
e até espada empunhou.
Coitado mesmo do Sancho,
que prá rimar ponho Pança,
bagagem toda levou.
O Cavaleiro Andante
é título que o consagrou,
montado em seu Rocinante
Europa inteira andou,
com o seu contagiante
bom humor e muito astral,
pois para ele: alegria
era lutar contra o mal.
Vivendo seu grande sonho
de aventuras sem fim,
parando de vez em quando
prá descansar um “cadim”,
Dom Quixote em sua andança
deparou com um grande mal:
e aquela visão intrigante
para ele era um gigante
de aspecto colossal.
Porém sua vista falhava
e aquela visão que intrigava,
sem encontrar outra igual,
de vento era um moinho
que encontrou no caminho
que dava num milharal.
Entre uma aventura e outra
o nosso herói suspirava
a falta da Dulcinéia,
donzela que ele amava,
de um perfume tão doce
que qualquer um se encantava.
Dulcinéia e Dom Quixote
seu grande amor celebrou
em toda localidade
por onde o herói caminhou,
dando exemplo de amizade,
coragem, força e bondade
em tudo que enfrentou.
Dom Quixote de La Mancha
assim ele era chamado
e nas andanças com Pança
sempre foi homem honrado,
e com extrema alegria
bravura e simpatia
a todos tem inspirado.
Resta ainda um detalhe,
perdoem pela demora,
pois vale a pena dizer,
ainda que nesta ora:
o nosso herói Cavaleiro,
tal título em fim conquistou,
do jovem, adulto a criança,
que junto com Sancho Pança,
sempre gentil ajudou.
Organizado por Joanilton R. dos Santos e Silvio S. Santana, Acadêmicos do curso de Pedagogia da UNEB/CAMPUS X.
Teixeira de Freitas - BA, 06/06/2008