A MACARRONADA  à "Millanesa"


Querida maninha, gostou do "Milla + nesa"? Pois é, estou me preparando pra julho. Vou abraçá-la finalmente.  Mas pode deixar, a pasta comeremos numa Trattoria paulistana, va bene? Baci.


Hoje estou injuriada

Por que fiquei sem almoço,

Dia de macarronada,

Mas não teve não, seu moço.

Eu fui à sala da Milla,

Para almoçar com ela

Fiquei como um cão fila,

Vendo o frango à cabidela,

Mas como não sou vampira,

Saí com fome, amarela...

 

Quero a tal macarronada

Que a Milla tanto apregoa,

Pois na cozinha, é afiada,

Aprendeu tudo numa boa.

O vinho eu ofereço

E a boca para comer,

Da garrafa eu tomo um terço,

Isso é saber beber,

Depois do almoço esmoreço,

Esperando o amanhecer.

 

Ela faz macarronada

Com tomate e parmezão,

Com cuidado é temperada,

Pra num haver reclamação.

Toda a família se junta,

Nos domingos, frente à mesa,

Alguns levam o “pomodoro”

Outros levam a sobremesa.

Todos saem muito contentes,

Mas gordos, que é uma beleza.

 

O pior é lavar pratos

Depois de tanto comer,

Esse é o problema de fato,

Ninguém faz por merecer.

Mas Milla é educada,

Animada que só ela,

Coloca a rapaziada

Pra cantar a "tarantella"

E lavar louça empilhada

Sem quebrar uma tigela.

 

 

Hoje eu não comi nada,

Mas depois, não abro mão,

Quero a macarronada

Com molho e parmezão.

Um sugo de bons tomates,

Azeitona e calabreza,

Manjericão no arremate,

Gellato de sobremesa,

O vinho é minha parte,

Vou levar, tenha certeza.

Já comprei até passagem
Por causa do macarrão,
pois será uma homenagem
da mana do coração.
O meu filho italiano
Já se auto-convidou,
Vai levar o "parmeggiano"
é o mínimo, por favor!
E o apetite aumentando
Ai que fome, meu senhor!


 
Hull de La Fuente


***


Enquanto a Milla Pereira não vem, adere à macarronada, a MIRA IRA, nossa querida parceira de Sextexto. Querida, você é benvinda, não precisa de convite, nunca. Beijos,


Já mi deu água na boca,
só di oiá essi retratu,
memu num tendu cunviti,
eu já discolei meu pratu;

oceis boti muitu môiu,
e bastanti parmesãu,
encha logu a minha taça,
cum tudo qui é vinhu bão. 

Pagamentu antecipadu,
eu num vô podê mandá,
mandu só minha pessoa,
pra módi oceis eu alegrá.

Mira Ira


***

Finalmente chega a Milla
com sua famosa receita
Usa Talharim Barilla,
Pois outro ninguém aceita.

 
Eu demorei, mas cheguei
Que eu tive um bom motivo
Se estou atrasada, não sei
porém, vamos à Ciranda
Do macarrão da quitanda
Que é gostoso e nutritivo.
 
Amiga, a macarronada
É minha especialidade.
Muito embora eu não seja
Italiana de verdade
A massa fica "all dente"
É servida ainda quente,
Pra comer mais da metade.

O molho é o segredo
Desse belo macarrão
Como se fosse um levedo
Com muito manjericão
Tem tomates madurinhos
Tudo muito bem fresquinho
Pode preparar sem medo!

Essa receita famosa
Aprendi desde criança
Com minha mãe, carinhosa
Que, ao passado, me lança
Bisneta de imigrantes
Tinha esse dom fascinante!

Deixe o molho no fogo
Baixinho, pra não subir.
Mexa bem devagarinho
Ponha acúcar, bem pouquinho
Para a acidez sair!

Tudo pronto, nessa hora
Chame a rapaziada
Pra degustar sem demora
A tal da macarronada
Junto com u'a cervejinha
Ou uma boa caipirinha
Antes de irem embora!
 
Milla Pereira

***


O comentário bem oportuno do poeta Silvánio Alves. Benvindo, poeta.



 
Mama mia!
Estou babando!
macarronada deliciosa
com divulgação e tudo
faz até quebrar dieta
para sentir o sabor
da macorronada da Milla.

Silvanio Alves

***



O querido amigo poeta e professor, Edson Gonçalves Ferreira, veio unir-se a nós nesta festa:



Macarronada virtual:

de Edson Gonçalves Ferreira para Claraluna e amigos do Recanto das Letras:
 
Queria fazer uma imensa macarronada
Aquelas que aparecem nas bacias italianas
Com carne moída com muito amor
Sentaríamos todos ao redor da mesa
E talvez como a Dama e o Vagabundo
Ao comer a massa, nossas bocas encontrariam
Sob o luar de junho, nem frio nem quente
Zelando beijos de ternura ou de amor.


***


O meu poeta do coração, o amigo Dalto Gabrig, não poderia deixar de comparecer a esta Trattoria de improviso:


 
Eu adoro macarronada,
Ao sugo ou bolonhesa,
Não preciso de mais nada,
Dispenso até sobremesa.

Se tem queijo como muito,
Se não tem, muito eu como.
As vezes nem é meu intuito,
mas à mesa não me domo.

Por isto estou pensando,
Em me convidar pr'essa festa,
O tempo está passando.
Macarrão ainda resta?

Dalto Gabrig

***

O poeta Aimberê é alemão, mas curte também um macarronada. 


 
"Deus du céu! Mais qui fartura!
 macarrão cum tantu moiu...
 Vô ficá inté caoiu
 di cumê as gustusura."
 
"Vô levá minhas batata
 pra compô a sua mesa;
 cum lingüiça calabreza
amuleci inté ingrata!"

Aimberê Engel Macedo


***

O querido poeta Gilbamar  de Oliveira veio lá do Norte para esta macarronada, não precisa de convite, a festa está franqueada.


 
Ma que bela macarronada
que a Clara nos preparou
com muito molho e tanto queijo
mui gostosa, bem arretada.
se eu tiver sua permissão
vou comer de uma garfada.

Gilbamar de Oliveira

***

A querida poetisa de Mossoró, Angela Rodrigues Gurgel, veio alegrar a macorronada da Milla. Benvinda, querida!


 
Se tem macarronada
não espero nem convite
Já estou aqui sentada
cheia de ânimo e apetite.

Quero molho e macarrão
um bom vinho para acompanhar
prometo de coração
depois a louça lavar.

pois festa aqui no recanto
vem gente de todo canto
é preciso a anfitriã ajudar
pra ela não se cansar.

Angela Rodrigues Gurgel


***


O Pedrinho Goltara veio do Espírito Santo para o almoço paulistano


 
Êi mininas, tô na ária
Faláro em macarronáda
Já tô perparâno o búxo
Pra prová déça danáda
Dispois di comê um montão
Inda vô dá uma "roncáda"!

É tudo fêito cum carím
Pêla biz-néta dos italiâno
Tomém sô um biz-neto
De máças sempri gostâno
Na panela cum tarantéla
Nóis vâmo si isbardâno!

Não cunvidáro minha pêçoa
Máiz sô délas um cumpáde
Purísso vô ansím mêso
E vô cumê cum vontáde
A cumida da Milla Perêra
Fazêno a minha filicidade!!!

Pedrinho goltara

***

Olhem só quem atravessou o oceano trazendo um prato novo! A Tera Sá, trouxe um cabrito, de chifres!!!


Macarrão não é comigo,
Non parlo italiano!!
Mas de cabritinho assado,
Menina, é até profano!

Mas douradinho no forno, que delícia,
É manjar de anjo!! 

Tera Sá

***

A linda poetisa Rosimeri Tunala, deixou suas flores por um momento e veio alegrar nossos olhos com sua graça.


Quero participar desse momento de magia,
Para essa farra me auto-convido também,
Porém vou para me alimentar da poesia
Que jorra de seus lindos olhos, meu bem.

Rosimeri Tunala

***


O meu querido poeta-franciscano, Edson Gonçalves Fereira, gostou tanto da macarronada que veio pra segunda rodada.
Adorei.
Na quarta-feira teremos a festa de aniversário do poeta. Venham todos pra essa festa.
Milla querida, pode tratar de fazer mais molho. Ponha mais água pra ferver, a pasta barilla está esperando.


Repeteco 


Clarinha, volto pra repetir a macarronada.
Estou ansioso. A data está chegando.
Meus amigos chegando. Até a turma do Pererê virá e a do Cascão também.
O Bolinha, amigo da Luluzinha perguntou se vai ter macarronada. 
Falei que, talvez, a Claraluna traga lá do Planalto. Enquanto isso, vou preparando o molho com o suco do lirismo.
Creio que a sua feijoada é a melhor do mundo.
Não sacia a fome corporal, mas a espiritual.
Agora, teria mais sustância se fosse real mesmo.
O dia que você vier aqui, além de outras coisas, vamos comer o macarronada bem mama mia.
Deixo aqui o meu abraço para você, Madona e para todos os frateli do Recanto.
Beijinhos mil.
 
Edson Gonçalves Ferreira


***


Muita gente e muita comida,
A poesia correndo a solta...
Uma Macarronada tão sortida,
Que corre de vento em popa, 
Pessoas como eu, esquecidas,
Afogam-se de água na boca... 


Jacó filho
 
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 05/06/2008
Reeditado em 13/06/2008
Código do texto: T1020716
Classificação de conteúdo: seguro