Um drink na rua Ceará I - giselle sato
Toda cidade tem uma rua maldita oculta em sombras. É para lá que vão os punks, góticos, bruxos, darks, satanistas e todos os excluídos.Caçar, arrebanhar, dissuadir e orquestrar a decadência.
No Rio a rua Ceará é o templo dos metaleiros, adolescentes rebeldes, desajustados e loucos. Onde nada acontence até meia-noite.
Quando, do nada uma multidão toda vestida de negro caminha sem pressa,invade a rua como zumbis... são muitos, milhares, a maioria é frequentadora assídua, passeiam pela zona de baixo meretrício, bebem nos piores botequins, jogam bilhar, assistem aos shows de bandas alternativas, fumam, brincam, conversam, se encontram e amam.
Nada é proibido. Figuras de todas as tribos em um único lugar. No tempo perdido, numa rua maldita, num ponto obscuro, sujo e mal visto.
Um convite aos seres das trevas que nunca recusam uma boa festa. Num bar obscuro o Guardião do Portal observa a festa, meninas lindas se oferecem por uma cerveja, casais transam nos muros, bêbados vomitam , adolescente desmaiam, putas brigam pelo cliente tudo ao som ensurdecedor de heavy e black metal.
Apenas mais uma noite como tantas outras..mas precisa estar atento, nada passa despercebido nos seus domínio.Nem ninguém.
Aos primeiros sinais do amanhecer eles partem, os expectros procuram as frestas, os seres da noite retornam ao Umbral, os que ainda não se deram conta andam à esmo...O bar onde passei a noite está quase vazio. Finalmente ele puxa uma cadeira e se senta à minha frente: -e então? gostou do meu bar?
-não estou aqui por causa do seu bar. Respondi e encarei a figura sem mêdo:
- gostei de voce, espere um minuto.
Faz um sinal e o ajudante traz o vinho que eu havia mandado entregar à ele por um menino qualquer:
- voce tem bom gosto. Um tinto francês, excelente safra, apesar da aparência rude, sei o que é bom. Estou curioso , uma mulher tão bonita, sozinha neste lugar...
- você me vigiou a noite inteira, ninguém tentou sentar nesta mesa ou falar comigo. Não me senti sozinha, estava esperando você.
Ele sorriu pela primeira vez, nos apresentamos e assim começou nossa longa amizade, ele sabia que um dia eu escreveria esta história e estava muito orgulhoso de ser o protagonista, afinal a vaidade e a luxúria são seus pecados favoritos.
Vou contar nossa história em pequenos goles porque são deliciosas e completamente amorais. Voce não é obrigado a ler mas eu preciso repartir, faz parte do acordo que eu e o guardião fizemos. Seja nossa convidado...
Toda cidade tem uma rua maldita oculta em sombras. É para lá que vão os punks, góticos, bruxos, darks, satanistas e todos os excluídos.Caçar, arrebanhar, dissuadir e orquestrar a decadência.
No Rio a rua Ceará é o templo dos metaleiros, adolescentes rebeldes, desajustados e loucos. Onde nada acontence até meia-noite.
Quando, do nada uma multidão toda vestida de negro caminha sem pressa,invade a rua como zumbis... são muitos, milhares, a maioria é frequentadora assídua, passeiam pela zona de baixo meretrício, bebem nos piores botequins, jogam bilhar, assistem aos shows de bandas alternativas, fumam, brincam, conversam, se encontram e amam.
Nada é proibido. Figuras de todas as tribos em um único lugar. No tempo perdido, numa rua maldita, num ponto obscuro, sujo e mal visto.
Um convite aos seres das trevas que nunca recusam uma boa festa. Num bar obscuro o Guardião do Portal observa a festa, meninas lindas se oferecem por uma cerveja, casais transam nos muros, bêbados vomitam , adolescente desmaiam, putas brigam pelo cliente tudo ao som ensurdecedor de heavy e black metal.
Apenas mais uma noite como tantas outras..mas precisa estar atento, nada passa despercebido nos seus domínio.Nem ninguém.
Aos primeiros sinais do amanhecer eles partem, os expectros procuram as frestas, os seres da noite retornam ao Umbral, os que ainda não se deram conta andam à esmo...O bar onde passei a noite está quase vazio. Finalmente ele puxa uma cadeira e se senta à minha frente: -e então? gostou do meu bar?
-não estou aqui por causa do seu bar. Respondi e encarei a figura sem mêdo:
- gostei de voce, espere um minuto.
Faz um sinal e o ajudante traz o vinho que eu havia mandado entregar à ele por um menino qualquer:
- voce tem bom gosto. Um tinto francês, excelente safra, apesar da aparência rude, sei o que é bom. Estou curioso , uma mulher tão bonita, sozinha neste lugar...
- você me vigiou a noite inteira, ninguém tentou sentar nesta mesa ou falar comigo. Não me senti sozinha, estava esperando você.
Ele sorriu pela primeira vez, nos apresentamos e assim começou nossa longa amizade, ele sabia que um dia eu escreveria esta história e estava muito orgulhoso de ser o protagonista, afinal a vaidade e a luxúria são seus pecados favoritos.
Vou contar nossa história em pequenos goles porque são deliciosas e completamente amorais. Voce não é obrigado a ler mas eu preciso repartir, faz parte do acordo que eu e o guardião fizemos. Seja nossa convidado...