As fofocas do Bairro

Nos arredores do bairro, andávamos a roda aos sons da terra, contando de alegria com gente da minha terra.

Da patria amada, a vizinha mal amada, comungavamos a mesma ostia, do vinho ao pão, da culpa a razão.

Das boas novas as velhas, riamos ao son alto da trombeta, da Julieta a anabela, tão bela casou com mostro.

Do candeeiro a vela, iluminava os sonhos dos jovens na favela, criando conteúdos de boca leve, levava a brigas das manas na favela.

Do wassu wassu a marabenta, da água doce a benta, exaltavamos no suor do salto na vizinhança, das fofocas que enchiam a pansa, afinal!!

Éramos todos inocentes porque a culpa dormia com todos.

Oliveira Bito Augusto