A GRANDE TRIBULAÇÃO

Nabucodonosor acordou com o som de gritos e choros vindo da rua. Confuso, ele se levantou e olhou pela janela. O caos reinava. Pessoas corriam em todas as direções, algumas gritando pelos nomes de entes queridos. Ele sentiu um arrepio ao lembrar que dois de seus familiares haviam sumido.

Desesperado, ele saiu de casa e se juntou à multidão. Todos procuravam por alguém. O medo e a incerteza pairavam no ar. Nabucodonosor decidiu ir à delegacia para registrar o desaparecimento de seus familiares.

Ao chegar lá, encontrou uma cena de completo caos. A delegacia estava superlotada, com pessoas gritando e chorando. O delegado e vários policiais também haviam desaparecido. Nabucodonosor mal conseguiu registrar sua queixa.

Ao sair da delegacia, passou pelo hospital. O cenário era igualmente desolador. Pacientes abandonados, médicos desaparecidos no meio de cirurgias, enfermeiras e técnicos em pânico.

As ruas estavam repletas de acidentes de carros sem motoristas, ônibus abandonados, comércios e lojas saqueadas. O mundo parecia ter enlouquecido.

Nabucodonosor voltou para casa, sentindo-se perdido e com medo. O que estava acontecendo? Por que tantas pessoas haviam desaparecido?

À noite, assistiu aos jornais. O desaparecimento em massa havia ocorrido em todo o mundo. Líderes políticos e religiosos se pronunciavam, cada um com sua teoria. Alguns falavam em juízo final, outros em intervenção extraterrestre.

Nabucodonosor sentiu uma mistura de emoções. Choro e alegria, medo e desespero. Ele havia perdido entes queridos, mas também sabia que estava entre os que ficaram para enfrentar a grande tribulação.

Os dias seguintes foram de lamento e festa, saques e invasões. Nabucodonosor se refugiou na casa de parentes que haviam ficado. O medo do apocalipse o paralisava.

A madrugada foi de mortes e estrupidos, um caos sem fim. Nabucodonosor sabia que o mundo nunca mais seria o mesmo.

E agora, ele se perguntava: o que vem a seguir?

Os dias se passaram lentamente, a incerteza pairava sobre a humanidade. Nabucodonosor tentava manter a calma, mas o medo e a angústia cresciam a cada dia. Os noticiários falavam em desastres naturais, epidemias e guerras que assolavam o mundo. As ruas estavam vazias, pareciam desertas, como se a vida tivesse sido sugada delas.

O caos se instalou de vez. As pessoas se tornaram selvagens, lutando pela sobrevivência a todo custo. Havia grupos que tentavam impor ordem, outros que se dedicavam ao saque e à destruição. Nabucodonosor se viu no meio desse cenário apocalíptico, sem saber o que fazer ou para onde ir.

A solidão se tornou sua companheira constante. Ele se perguntava se teria sido o bastante bom para ser levado junto com seus familiares. Remoía seus pecados e arrependimentos, desejando poder voltar atrás e consertar seus erros. Mas o passado não podia ser mudado, e ele estava só diante do futuro incerto.

À medida que os dias se arrastavam, Nabucodonosor viu a destruição se espalhar em uma velocidade assustadora. Cidades inteiras foram reduzidas a escombros, a fome e a miséria se alastravam sem controle. Ele se perguntava se o mundo seria capaz de se recuperar daquela catástrofe, se haveria alguma esperança no horizonte.

E assim, entre o lamento dos que perderam seus entes queridos e a euforia dos que se entregavam à selvageria, Nabucodonosor enfrentou a grande tribulação. Seus dias se tornaram uma batalha diária pela sobrevivência, uma luta contra seus próprios demônios e contra o caos que envolvia o mundo.

No meio da escuridão e da desolação, ele se agarrou à fé que restava em seu coração, buscando forças para enfrentar o que quer que viesse pela frente. O mundo tinha mudado para sempre, e Nabucodonosor sabia que teria que encontrar a luz dentro de si mesmo para sobreviver à escuridão que o cercava.