O Exorcista Celestial
Enoque, foi escolhido antes mesmo de nascer. Quando ainda estava em estado espiritual, no reino eterno, um anjo poderoso chamado Lehamiel, o coronel dos Querubins, foi enviado pela parte de Deus para dar-lhe uma missão. Enoque receberia um dom único, o poder de soltar seu espírito do corpo durante o sono. Enquanto seu corpo descansava, ele poderia sair em missões de libertação de almas cativas, presas por toda sorte de espíritos malignos existentes.
No mundo espiritual, Enoque foi investido com o poder e autoridade de exorcista, uma força que lhe permitiria enfrentar as trevas e salvar os aflitos. Mas uma condição crucial foi estabelecida: ele deveria sempre retornar ao corpo antes do nascer do sol, ou sua vida na Terra chegaria ao fim. Para garantir a integridade de sua missão, foi-lhe dito que ele nunca lembraria de nada quando voltasse ao corpo.
Durante suas jornadas espirituais, Enoque visitava diversos lugares, onde quer que o mal estivesse presente. Ele ia à locais de cultos, hospitais, asilos, sanatórios, presídios, áreas de crimes em geral, orfanatos, festas, lares isolados, visitava os que estavam em suas casas sem poder de locomoção, depressivos e outros lugares infestados pela escuridão. Em cada local, ele salvava o máximo de vidas que podia, curando doenças do corpo e da mente, restaurando famílias, e resgatando almas à beira da destruição. Os espíritos malignos que tentavam impedir suas ações eram tomados de ódio, castigados por seus superiores por não terem conseguido completar suas missões.
Certo dia, em desespero, os espíritos malignos reuniram-se em segredo e tramaram o fim de Enoque. Sabendo que sozinhos não poderiam vencê-lo, por causa de sua autoridade e da luz que os queimava como brasas, fizeram um pacto sinistro. Invocaram uma entidade planetária desconhecida, um ser colossal e transcendental, de poder inimaginável. Este ser, uma força que transcende a compreensão humana, foi convocado para intervir e destruir Enoque de uma vez por todas.
Naquela noite fatídica, Enoque foi atraído para um lugar de trevas tão profundas que até ele, com toda a sua experiência, hesitou. Ele encontrou uma alma aprisionada, uma jovem mulher marcada por um sofrimento indescritível. Visões de sua vida na Terra passaram por sua mente, abusos, perdas, solidão, ela havia sido uma vítima constante das forças malignas que agora a cercavam.
Das trevas, surgiu a entidade planetária, um ser que emanava poder puro, sua presença esmagadora como o peso de um planeta. A entidade, um guardião das trevas, desafiou Enoque com uma voz profunda que reverberava através do espaço espiritual. Enoque, sentindo a pressão esmagadora, soube que o amanhecer estava próximo. Se ele não libertasse a alma antes do nascer do sol, ela pereceria, e ele estaria perdido para sempre.
Mas então, uma visão de compaixão dominou Enoque. Ele não podia abandonar aquela alma, não importava o custo. Em um ato de pura determinação, Enoque canalizou todo o poder divino que lhe fora dado. Explodindo em uma luz ofuscante, ele queimou a entidade colossal, erradicando todo o mal ao redor. Mas o preço foi alto, sua própria existência foi consumida, deixando-o à beira da destruição.
Ao amanhecer, enquanto via o sol nascer, Enoque viu Lehamiel e sua comitiva de anjos descendo dos céus. Eles vieram buscá-lo com expressões de alegria e lágrimas que caíam como uma brisa de ouro brilhante. Enoque sabia que seu tempo na Terra havia terminado, mas sentia uma paz profunda em seu coração.
Quando Enoque atravessou os portões do céu, foi recebido com cânticos de louvor. Lehamiel o conduziu até o trono de Deus, onde o próprio Criador o honrou. Deus proclamou que Enoque seria transformado em um Espírito de Guerra, um general nos exércitos celestiais, e seu nome seria mudado, pois, foi digno de assim ser. Agora, ele se tornaria uma das maiores armas de Deus na guerra contra as forças das trevas, seu nome ecoando pelo reino espiritual como um símbolo de luz e poder.
Essa é a história que poucos conhecem!
Essa é a história do Arcanjo Metraton!
O príncipe dos anjos, aquele que guarda a entrada!